Diário do Fim do Mundo
16/11/2001 - Afeganistão, liberou geral
Se alguém ainda acredita nas imagens da televisão há de concluir que o Afeganistão está a uma passo da paz. Hoje, o território pertencente ao Talibã equivale a apenas 78 quilômetros quadrados. Cidades importantes como a capital Cabul, Mazar-i-Sharif e Jalalabad já estão sobre o domínio da Aliança do Norte. Claro, que o buraco é muito mais embaixo. Aliás com tantas montanhas para os seguidores de Osama Bin Laden se esconderem, o buraco está mais acima.
O interessante é que depois de tanta repressão do regime fundamentalista do Talibã, o Afeganistão liberou geral. Os homens correram para os barbeiros. Ninguém agüentava mais aquela história de Maomé barbudo. Ser revendedor da gillette é o caminho para o sucesso no país. No fim das contas, se percebe como seguir ordens ridículas em nome da religião não deixa de ser uma atitude de oligofrênico.
Mais ainda as mulheres que foram escorraçadas pelo pessoal de Bin Laden, foram à forra. Chegaram até mesmo, suprema ousadia, a andarem pelas ruas de Cabul desacompanhadas. Nada mais justo. Afinal, para o regime talibã em primeiro lugar vinham os homens, depois os camelos, e, em terceiro lugar, as mulheres, mas apenas se o fizessem por merecer.
Guardadas as devidas proporções está havendo uma espécie de carnaval no Afeganistão. Alá foi substituído pelo deus da marcinha que diz: "Alá-lá-ô, mas que calô-ô-ô". Coisa de árabe louco. Diga-se de passagem outra mania que tomou conta do país foi o banho turco. De repente, de uma hora para outra milhares de afegãos decidiram que estava na hora de dar um fim no budum. Decididamente havia algo de podre no Afeganistão. Era o seu povo.
De certa forma parece que a vontade de ser muçulmano ficou para trás. Hoje o pessoal do Afeganistão coleciona até mesmo fotos de estrelas da música pop indiana. E, acredite quem quiser, elas não usam a temida burca. Rapidamente o país se transformou em uma espécie de bordel, de casa dos prazeres dos seguidores de Alá. Para um local totalmente destruído pela guerra, realizar, literalmente, uma festa de arromba faz muito sentido...