A Seleção brasileira e um senhor de cabelos brancos

A Seleção Brasileira fez mais uma apresentação medíocre e empatou em 1 a 1 na Arena Fonte Nova, em Salvador, com o Uruguai. Com o resultado, o Brasil terminou o ano na quinta colocação com 18 pontos e se complicou nas Eliminatórias da Copa do Mundo. Principalmente porque os próximos adversários são Colômbia e Argentina. Mas o detalhe mais importante da partida foi um senhor de cabelos brancos.

Como se sabe, essa impoluta seção da ZeroZen analisa futebol há mais de 20 anos. Então, nas últimas partidas da Seleção a gente notou um detalhe muito interessante, que talvez tenha escapado da tacanha e adesista mídia esportiva nacional.

Existe um sujeito de cabelos brancos perto do gramado nos jogos do Brasil. Sim. Ele está sempre lá. Parece, inclusive, um daqueles aposentados que vai à lotérica pagar suas contas. Possivelmente esteja sofrendo do mal de Alzheimer. Fica gritando instruções sem nexo. Alguém precisa ajudar essa pessoa. Quem sabe levar ela para uma casa de repouso. Por que é muito difícil de acreditar que alguém com essas qualificações seria o técnico da Seleção brasileira de futebol...

O Brasil segue igual. Não melhora. Até mesmo uma ameba evolui. Menos a Seleção comandada por Dorival Jr. O time ataca mal e se defende pior ainda. A marcação sobre os adversários só começa quando eles estão na entrada da área, prestes a chutar. E às vezes nem isso.

De qualquer forma, o Brasil fez um primeiro tempo morno. O Uruguai jogou para garantir o empate. Embora, a cada segundo ficava mais claro que se a Celeste decidisse avançar um pouco mais as suas linhas, teria ganhando o jogo sem dificuldade.

Mas para a segunda etapa todo mundo esperava que aquele senhor de cabelos brancos tomasse uma atitude. Ou que, pelo menos, a polícia retirasse ele do Estádio. Não foi o que aconteceu. Aos nove minutos, o Uruguai tocou a bola como quis perto da entrada da área do Brasil. Então, Valverde limpou Bruno Guimarães e bateu colocado. 1 a 0.

Aos 16 minutos, veio o empate brasileiro. Novamente vale ressaltar que a Seleção é especialista em gols aleatórios. Não se trata de uma jogada ensaiada, de uma infiltração. Nada disso. É sempre algo que depende do talento individual de um jogador. Raphinha cruzou na área, Saracchi cortou sem hesitar. Só que a bola sobra para Gerson. O meio-campo do Flamengo emendou um voleio de primeira e estufou a rede. Um golaço. Depois disso foi só tristeza e agonia até o apito final.

Ah, Estevão entrou em campo. Não jogou nada. Já Endrick está em local incerto e não sabido. Qual será o motivo de não fazer parte dos planos de Dorival Jr.? Enfim, o Brasil vai se classificar. Mas vai ser no sufoco, na base do desespero puro e simples. Tem como ficar mais fácil? Claro. Basta aquele senhor de cabelos brancos ir curtir sua aposentadoria e deixar de estar presente nos jogos do Brasil...

Jarbas Schier