A grande lição gremista no heptacampeonato

É difícil manter a já tradicional isenção desta impoluta coluna em um heptacampeonato. O Grêmio venceu sete vezes seguidas o Campeonato Gaúcho. Desta vez, derrotou o Juventude por 3 a 1 e levantou a taça. O choro e desespero da imprensa vermelha isenta (IVI) chega a ser cômico. Mas em uma coisa eles acertaram: a diferença entre Grêmio e Inter é mesmo oceânica. Um deles é campeão, o outro sequer foi para a final...

Agora, que ninguém imagine que foi um título fácil. Muito pelo contrário. Logo no começo do jogo a sorte sorriu para o Juventude. Após uma boa trama no ataque, Jean Carlos cruzou da esquerda, Lucas Barbosa dividiu com Caíque e a bola foi mansamente parar nos pés de Gilberto. Ele só teve o trabalho de empurrar para o fundo da rede. Era tudo o que o time da Serra queria.

Então, o Juventude se retrancou. Na verdade, ficou esperando um contra-ataque para resolver o jogo. Já o Grêmio sofreu para se encontrar em campo. Nada dava certo. A equipe treinada por Renato Portaluppi lutava muito, mas não conseguia levar perigo ao gol do Juventude. Porém, quando a partida se aproximava do final do primeiro tempo, tudo mudou.

Aos 41 minutos, Pavón fez boa jogada e cruzou de esquerda. O zagueiro do Juventude cortou mal. A bola foi parar nos pés de Cristaldo. Sozinho, sem marcação, ele dominou e tocou com categoria no canto esquerdo de Gabriel. Era o empate justo e merecido. A Arena, que recebeu mais de 50 mil gremistas, explodiu em festa.

Só que ainda tinha mais emoção reservada para a primeira etapa. Aos 43 minutos, Pepê roubou a bola e acionou Diego Costa. O centroavante foi levando, avançando no campo adversário. Ninguém do Juventude arriscou a fazer uma falta. Até porque seria inútil. O Grêmio contratou um tanque, que por coincidência também faz gols. De qualquer forma, ele finalizou de fora da área, a bola desviou em Caíque e entrou rente ao poste. O goleiro Gabriel nada pode fazer.

A partir daí, o jogo virou (em todos os sentidos). O Grêmio voltou melhor na segunda etapa. Passou a dominar o jogo. Diego Costa teve outra atuação de luxo. O Juventude parecia o Kleber Bambam apanhando do Popó no boxe. Ou seja, estava completamente sem reação.

O técnico Renato Portaluppi resolveu não arriscar e colocou Dodi e Du Queiroz, tirando Pepê e Cristaldo. Basicamente, instaurou a retranca pelo lado do Grêmio. Com isso, o Juventude veio para cima e tentou pressionar nos minutos finais. Só que abriu a possibilidade de um contra-ataque. Aos 43 minutos, Diego Costa foi acionado. Desta vez, o Juventude até tentou fazer falta, mas Diego Costa seguiu impávido. Então, ele rolou para Nathan Fernandes, que avançava livre pela esquerda, completar para o gol: 3 a 1.

Mais um título gaúcho. Esse foi 44° na história do Grêmio. O tricolor segue mandando no Rio Grande do Sul. Tem o melhor time e o melhor treinador. As únicas pessoas que não sabem disso são os integrantes da imprensa vermelha isenta (IVI). Mas quem sabe no octa eles aprendam a lição...

Jarbas Schier