Grêmio perde o Gre-nal das contratações
A torcida do Gremio começou 2024 ansiosa. Cobrou contratações da direção. Mas os comandantes gremistas estavam calmos e tranquilos. Não havia pressa. Tudo ao seu tempo. Do outro lado, o rival contratava sem parar. Basicamente, abriu os cofres e se reforçou. Resultado? Venceu o Gre-nal 441 por 3 a 2.
A diretora gremista, verdade seja dita, conseguiu encontrar bons jogadores, mas eles chegaram tarde demais. Isso significa que Diego Costa seria muito, mas muito mais efetivo do que JP Galvão. Isso é indiscutível. Agora, é tarde. Resta ao tricolor reclamar - com razão - da desastrosa arbitragem do Gre-nal. Por que o VAR poderia ter evitado uma sequência grotesca de injustiças.
O Gre-nal desde o começou deixou claro a estratégia de ambos os times. O Inter preferiu ter a posse de bola e pressionou com uma marcação forte. O Grêmio queria sair rápido em contra-ataque. Não é uma má ideia, mas se o seu centroavante é o JP Galvão, então é difícil qualquer tática dar certo.
Porém, o Grêmio saiu na frente em um lance bisonho. Aos 15 minutos, Reinaldo cruzou na área. O lateral Renê - sozinho na área - tocou para dentro do gol. Anthoni nada pode fazer. Pena que já fechou a janela de transferência. Por que ele poderia ser um ótimo substituto para a vaga do Suárez....
Aos 25 minutos, o Inter empatou. Alan Patrick fez um bom passe para Maurício na entrada da área. Ele bateu rasteiro no cantinho. Marchesín falhou? Talvez. O goleiro gremista teve uma atuação, para um usar um eufemismo, muito irregular. O Inter pressionou bastante, mas o empate se manteve até o final do primeiro tempo.
O segundo tempo começou praticamente igual. O Inter pressionando, mas o Grêmio sendo muito mais efetivo. Tanto que aos 10 minutos Villasanti recebeu de Gustavo Nunes e entrou na área driblando todo mundo. O volante ainda teve tempo de bater com estilo e fazer um golaço. Bem, a partir daí, tudo o que restava era uma tarefa relativamente simples para a equipe treinada por Renato Portaluppi. Manter o foco, seguir marcando forte e aguardar o tempo passar.
E isso até teria funcionado se não fosse um dos personagens decisivos do Grenal 411: o goleiro Marchesín. O técnico Coudet fez uma mudança ousada: tirou Bruno Henrique e colocou em campo Lucas Alario. Na primeira vez em que pegou na bola, o argentino girou e chutou rasteiro. A bola foi fraca, girando lentamente, fácil de ser defendida. Mesmo assim, Marchesín conseguiu falhar feio e espalmou o chute despretensioso e equivocado para o fundo das redes. Renato tentou mudar o rumo da partida: colocou Pavón e André Henrique nas vagas de Dodi e JP Galvão. Coudet respondeu com Bruno Gomes no lugar de Valencia.
Mas o duelo dos técnicos não foi tão importante. O Grenal foi decidido por outro personagem, o árbitro Anderson Daronco. A partida se encaminhava para um justo e correto empate em 2 a 2. Só que aos 50 minutos Kannemann derrubou Alan Patrick. Daí existem dois problemas: dizer que foi falta é forçar a amizade. Porém, ainda que por um rigor máximo na interpretação da regra se aceite que foi falta, ela foi cometida FORA DA ÁREA. Sim, Alan Patrick caiu dentro da área, mas a falta foi fora. O VAR ajudaria bastante nesse caso. Mas essa contratação não foi feita pela diretoria de ambas as equipes. Então o camisa 10 colorado bateu com estilo e decretou a vitória por 3 a 2 no Beira-Rio.
Agora, o Grêmio volta a campo no sábado, 2 de março. Vai enfrentar o Guarany de Bagé pela última rodada da fase de classificação do Gauchão. A partida será na Arena. A vitória não vai trazer a liderança de volta. Mas talvez traga um pouco de dignidade. De qualquer forma, a torcida gremista sabia desde o começo do ano que os reforços tinham de chegar antes. A verdade é que o Inter venceu o Gre-nal das contratações...