Grêmio é um time com um grande poder de síntese
O Grêmio venceu o Palmeiras por 1 a 0 na Arena. Como a equipe treinada por Renato Portaluppi conseguiu esse resultado tão importante? Simples. Com uma única jogada. Somente isso. Uma única, solitária e isolada jogada que resultou em gol. Mais nada. Ou seja, o Grêmio é um time com um grande poder de síntese...
Por isso, vai ser tão difícil escrever uma resenha sobre a partida. Mas vamos começar com o óbvio. O tricolor começou jogando bem pelo menos os 10 primeiros minutos. Tanto que o gol saiu aos nove minutos. O lateral avançou rápido e fez a coisa certa: passou para Suárez. El Pistolero fez uma assistência sensacional. João Pedro entrou livre e bateu cruzado para vencer o goleiro Weverton.
Pronto. Acabou a crônica. Pelo lado do Grêmio não há mais nada a dizer. É sério. Depois do gol, o Grêmio não jogou mais. Não fez mais nada. Não acertou passes simples. Foi completamente dominado pelo Palmeiras. Foi um massacre sem dó. Um domínio brutal que só não resultou em gol pela sólida atuação defensiva do tricolor gaúcho. Tanto esforço teve um custo. Aos 33 minutos, Rodrigo Ely sentiu a coxa e teve de ser substituído por Bruno Uvini.
A torcida gremista terminou a primeira etapa roendo as unhas à beira de um ataque cardíaco. Mas teria ainda mais sufoco na segunda etapa. O técnico Renato decidiu melhorar a marcação. Colocou em campo Galdino e Ferreira nos lugares de Cristaldo e Nathan. De certa forma, funcionou. O jogo ficou um pouco mais truncado. Porém, a iniciativa era toda do Verdão. A pressão seguia implacável.
O Grêmio seguiu se defendendo e contando com a falta de pontaria do Palmeiras. Mas, acredite quem quiser, a partida ainda não estava dramática o suficiente. Aos 40 minutos, Villasanti fez falta tática para impedir um contra-ataque. Tomou o segundo amarelo e foi expulso. Sufoco total. O pânico era evidente. Tanto que Renato tirou Suárez e colocou Ronald no lugar.
O juiz resolveu levar o jogo até os 54 minutos. O tempo se arrastava. A torcida gremista seguia roendo as unhas (as que sobraram) e à beira de um ataque cardíaco. Gabriel Grando brilhou no final. Não fez defesas difíceis, mas soube se atirar no chão e levar uns três minutos para cobrar um reles tiro de meta. E ainda contou com a sorte quando a bola cabeceada por Gustavo Gómez explodiu no travessão.
Quando o juiz finalmente apitou o fim da partida, a torcida gremista finalmente pode comemorar. Com cuidado para não machucar as vítimas de ataque cardíaco. Com o resultado, o tricolor retorna ao G4. Agora ocupa a terceira colocação com 43 pontos. A próxima partida do Grêmio será contra o Fortaleza, no Ceará, dia 30 de setembro. Até lá dá tempo das unhas crescerem de novo...