Grêmio enfrenta a chatice metódica do Bragantino e perde outra vez

O Bragantino é um time chato. Pode não ter grandes jogadores, mas é uma equipe séria e esforçada. O problema é que o time paulista tem uma chatice metódica. Por que sempre decide complicar a vida de alguns times em especial. O Grêmio é um deles. Por isso, mais uma vez o tricolor foi derrotado pelo massa bruta. Perdeu por 2 a 0 em um jogo repleto de momentos bisonhos.

Como resumir essa bagunça? Essa tragédia do bom senso? Bom, para começo de conversa o Bragantino jogou melhor o primeiro tempo. Abriu uma vantagem confortável de 2 a 0. O detalhe é que ambos os gols surgiram de falhas inconcebíveis da defesa gremista. Ou seja, nada tem a ver com o talento do ataque do Bragantino.

O jogo era parelho até os 15 minutos. O Bragantino estava bem posicionado em campo. Tinha muita imposição física. Mas, ainda assim, não ameaçava tanto o Grêmio. Porém, aos 19 minutos, Vitinho conseguiu impedir a saída da bola e tocou para o meio da área. O lateral João Pedro se jogou no chão e empurrou de cabeça para dentro do próprio gol. Sim. A descrição não faz o menor sentido. Mas foi isso que aconteceu.

O gol foi tão bisonho que o VAR foi chamado. Só para conferir se não teve nenhum efeito especial. Nunca na história do VAR os juízes passaram tantas vezes a mesma cena. Não era para conferir se a jogada teve ou não algum impedimento legal. É que eles não conseguiam parar de rir!

O Grêmio acusou o golpe. O Bragantino passou a trocar passes e fazer a equipe treinada por Renato Portaluppi correr de um lado para o outro. Então, no final da primeira etapa, outro momento bisonho. Aos 46 minutos, Helinho fez um cruzamento fraco para a área. Tecnicamente nem era um lance tão perigoso assim. O problema é que Gabriel Grando deu um peixinho e espalmou para o meio da área. Esse é um erro de goleiro de futebol amador. Nem na várzea, nem no churrasco de domingo, um arqueiro deve fazer isso. Então a bola sobrou livre para Vitinho, que só teve o trabalho de tocar para o fundo da rede.

O técnico Renato Portaluppi ficou pistola. Promoveu três trocas: Rodrygo Ely, João Pedro Galvão e Carballo saíram, André Henrique, Galdino e Bruno Alves entraram. Foi o suficiente para o Grêmio desandar de vez. Só Galdino conseguiu acrescentar alguma coisa. Mas na segunda etapa, o tricolor foi risível. O Bragantino poderia ter ampliado com facilidade. Aos 25 minutos, Ferreira entrou na vaga de Cristaldo. Depois, Iturbe substituiu Pepê. Renato empilhou atacantes sem qualquer resultado efetivo.

Agora o Grêmio segue a 12 pontos do Botafogo. Está na terceira colocação, mas Flamengo e Bragantino têm o mesmo número de pontos. A próxima partida do tricolor é justamente contra o Corinthians, fora de casa. A vitória passa a ser uma obrigação. Por que se o Grêmio vacilar, a vaga na Libertadores pode parar nas mãos de uma chatice bem metódica...

Jarbas Schier