Grêmio copeiro vence o Bahia e um ciclone extratropical
O Grêmio está na semifinal da Copa do Brasil. Venceu o Bahia nos pênaltis em uma partida dramática. Se o leitor da ZeroZen está com pressa e quer um resumo do jogo, vamos resumir tudo em uma frase: O Grêmio é copeiro! O Grêmio é copeiro! O Grêmio é copeiro! O Grêmio é copeiro! O Grêmio é copeiro! Pronto. É só isso que o zeronauta precisa saber.
O drama gremista começou antes mesmo da partida começar. A meteorologia alertou para um ciclone extratropical. Isso significa que na hora do jogo haveria tempestade, raios, trovões, ventos fortes e um frio de cortar os ossos. Suárez, claro, ficou feliz pois esse é o mesmo clima do verão em Punta Del Leste...
Depois de um longo atraso, o árbitro Wilton Pereira Sampaio decidiu que o campo tinha condições de jogo. Então, a equipe treinada por Renato Portaluppi começou pressionando. Aliás, o tricolor gaúcho manteve outra característica dos últimos jogos: a grande capacidade de perder gols. E foi empilhando uma chance atrás da outra.
Aliás, o Grêmio conseguiu o prodígio de perder um pênalti. Aos 36 minutos, Bitello arriscou chute da entrada da área e a bola bateu na mão do volante Acevedo. O árbitro - bem colocado - assinalou a penalidade máxima. Só que Cristaldo bateu e Marcos Felipe fez uma grande defesa. O lance deu moral para a equipe baiana.
Verdade seja dita, o Bahia veio até a Arena para usar e abusar do contra-ataque. A tática funcionou, tanto que levou perigo várias vezes. Mas em uma jogada isolada, aos 50 minutos, marcou o primeiro gol da partida. Everaldo cortou o zagueiro gremista, ficou livre e resolveu bater de fora da área. Acertou o ângulo de Gabriel Grando. Um golaço. 1 a 0. Basicamente era tudo que o Bahia desejava: terminar a primeira etapa em vantagem.
Na segunda etapa, o Grêmio seguiu pressionando. Porém, é preciso que se diga, o Bahia não necessariamente foi um time retrancado. Ainda assim, o tricolor gaúcho seguiu desperdiçando oportunidades. Marcos Felipe fez uma atuação de luxo. Foi o craque da partida. Renato promoveu a primeira troca aos 11 minutos. Ferreira entrou no lugar de Kannemann. Depois, Vina entrou no lugar de Cristaldo.
No caso de Ferreira, a troca deu certo. Ele infernizou a defesa do Bahia. Aos 27 minutos, em lance individual, Ferreira passou por dois marcadores e tocou no meio da área. Villasanti entrou como um bólido para fuzilar para o fundo das redes. A partir daí, o jogo foi pura emoção.
Tanto Grêmio como Bahia abdicaram da estratégia, da lógica, do bom senso e partiram para o ataque. Foi um festival de chances perdidas. Suárez ia fazer um golaço de cobertura, mas a bola bateu na trave. O Bahia também quase chegou lá. Ademir finalizou duas vezes no travessão em chutes de fora da área. Enfim, com tanta incompetência na hora de marcar gols o empate acabou sendo um resultado justo.
Pênaltis e loucura total
A torcida gremista estava apreensiva. O motivo? Depender de Gabriel Grando. O goleiro gremista não necessariamente é um grande pegador de pênaltis. Mas ele se redimiu completamente na hora decisiva. Reinaldo e Ferreira fizeram para o Grêmio. Cauly e Everaldo acertam as cobranças para o Bahia.
O problema é que o zagueiro Bruno Alves chutou em cheio no travessão. Poderia ser o fim da classificação. Mas Grando defendeu o chute de Cicinho. Villasanti voltou a colocar o time gremista na frente: 3 a 2. Acevedo bateu de forma displicente e sem direção. Então ficou fácil. Justamente Bitello iria definir a partida. Só que o meia chutou muito mal, a bola foi pra fora. Então, na sequência, Yago Felipe empatou. André Henrique não sentiu a pressão e fez o seu. 4 a 3. Nesse momento, Grando fez outro milagre e espalmou o chute do zagueiro Gabriel Xavier. Era a classificação para a alegria do técnico Renato Portaluppi.
Agora o Grêmio vai enfrentar o Flamengo na semifinal. É uma briga de cachorro grande. O favoritismo é todo do Flamengo. Mas existe uma - e somente uma - esperança da torcida gremista. O Grêmio é copeiro! O Grêmio é copeiro! O Grêmio é copeiro! O Grêmio é copeiro! O Grêmio é copeiro! Pronto. É só isso que o zeronauta precisa acreditar.