Grêmio vence o clássico dos times copeiros
O Grêmio passou para as quartas de final da Copa do Brasil. Venceu o Cruzeiro no Mineirão por 1 a 0. Foi uma vitória épica. O técnico Renato Portaluppi ao manter o esquema com três zagueiros resgatou uma das características mais importantes do tricolor: o sofrimento inenarrável. É assim que se formam times campeões.
A partida foi tensa desde o começo. O Cruzeiro é uma equipe séria, compenetrada, do tipo que não dá bom dia no elevador. Jogou pressionando o tempo inteiro. Mas, defensivamente, o Grêmio foi impecável. Aliás, a Raposa é uma equipe que também sabe jogar a Copa do Brasil. Essa foi, inclusive, a primeira vez em que o tricolor eliminou o Cruzeiro no Mineirão.
O único gol da partida saiu aos 27 minutos. O zagueiro Lucas Oliveira deu bobeira e errou o passe para Castán. Só que cometeu um erro na frente de Suárez. Aí é um equívoco fatal. El Pistolero roubou a bola e fez um passe perfeito para Villasanti. O volante jogou colocado com categoria no canto direito.
O Cruzeiro foi pra cima. Já o Grêmio fez valer o seu esquema mais defensivo. Gabriel Grando fez defesas importantes. Bruno Alves salvou um gol incrível. Villasanti foi um gigante. Já Suárez, Bitello e Cuiabano sempre levaram perigo à defesa do Cruzeiro.
O final da partida poderia ser mais tranquilo se o VAR não tivesse anulado um gol legítimo de Bitello. Aos 17 minutos da segunda etapa, Cuiabano fez uma jogada na raça, na superação, passando pela marcação. Então, tocou para Bitello marcar o segundo. O time do Cruzeiro reclamou de uma falta. Não houve nada. O próprio árbitro deixou claro que a jogada tinha sido legal. Mas o VAR chamou. O juiz então voltou atrás e anulou o gol.
Os 10 minutos finais foram de puro sofrimento. Foi drama, desespero e agonia. Quem é gremista precisa estar com o coração em dia. Mas deu tudo certo. Agora, o Grêmio joga na Arena no domingo, às 16h, contra o São Paulo pelo Campeonato brasileiro. É mais um jogo difícil. Mais sofrimento a caminho. Mas é assim que se formam times campeões.