Novo Hamburgo contra o velho Grêmio

Depois da patética eliminação para o Mirassol na Copa do Brasil, restava ao Grêmio mostrar que aquela partida foi um incidente isolado, um daqueles jogos absurdos que fazem parte da história do futebol. A chance de recuperação veio no Gauchão contra o Novo Hamburgo. Era a hora de mostrar atitude e poder de reação. Mas não teve nada disso. O empate em 1 a 1 foi justo. E mostrou que o Novo Hamburgo jogou contra o velho Grêmio de sempre...

A equipe treinada por Roger Machado teve outra atuação pífia. O técnico Roger Machado escalou o que tinha de melhor. Afinal de contas, ele não precisa poupar ninguém porque não tem mais Copa do Brasil para disputar. O treinador abriu mão dos três volantes. Jogou com Campaz centralizado na armação e Rildo e Janderson pelas pontas.

O jogo começou sem muitas emoções. Até que com o passar do tempo, o Novo Hamburgo foi gostando do jogo. Começou a pressionar o Grêmio. Aos 18 minutos, quando o Noia teve escanteio pelo lado esquerdo. Após o levantamento, Luis Gustavo subiu mais que a zaga e cabeceou. Tá fácil de acontecer isso. Em tempo, Bruno Alves é reserva e não tem condições de ser titular. Para piorar as coisas, Brenno defendeu errado (a fase dele é tão ruim quanto a fase 4 da Marvel nos cinemas) e Michel Renner quase marcou. A bola foi na trave.

Aos 26 minutos, o resultado de tanta pressão deu certo. Camargo recebeu na direita e passou como quis por Nícolas. Fez o passe para Da Silva. O centroavante girou em cima de Bruno Alves e fuzilou. A vantagem no placar animou os donos da casa. O Novo Hamburgo seguiu pressionando e chegou a chutar uma bola no travessão.

Restou a um desorientado Grêmio torcer para o fim do primeiro tempo. Na volta do intervalo, a situação não melhorou. Roger resolveu agir. Tirou Janderson para a entrada de Elias e colocou Bitello no lugar de Thiago Santos. Vale ressaltar que Thiago Santos jogou mal de novo. Basicamente, está sozinho na marcação. Mesmo assim, segue muito abaixo do esperado.

Verdade seja dita, as trocas melhoraram um pouco o tricolor. Mas não o suficiente para mudar a dinâmica da partida. Ou seja, o Novo Hamburgo resolveu se defender e o Grêmio mostrou uma incompetência total em atacar. O treinador gremista fez mais substituições. Colocou em campo o meia Benítez. Pausa. Esse jogador é mais lento do que tropeiro de lesma. Uma contratação mais inútil do que cupim em metalúrgica. No desespero, Roger colocou meia Gabriel e o atacante Vini Paulista.

A tática do pânico deu certo. Aos 39 minutos, em um escanteio pela direita, a bola foi alçada na área. Geromel subiu alto, cabeceou com firmeza. Só que a bola desviou em Gabriel e enganou o goleiro do Novo Hamburgo. 1 a 1. O resultado foi justo? Pela atuação das equipes, sim. Faltou ambição para o Novo Hamburgo. Faltou futebol para o Grêmio...

Agora, o Grêmio vai enfrentar o Inter. Sim, aquele time que perdeu pro Globo na Copa do Brasil! Aliás, a equipe jogou desfalcada do Faustão que foi pra Band. Enfim, no clássico Gre-Nal 435, vai ser uma coisa terrível. Ambos os times não estão jogando absolutamente nada. A partida é jogo atrasado válido pela 9ª rodada do Gauchão e será realizada às 21h, no estádio Beira Rio.

Jarbas Schier