Tinha uma pedra no meio do caminho
Tinha uma pedra no meio do caminho. No meio do caminho tinha uma pedra. Nem preciso dizer que ninguém mais lembra quem foi o autor desse poema. Porém, isso não é o importante. O fato é que o Grenal foi adiado para o dia 9 de março. O motivo? Alguém no meio de um bando de lorpas, de pascácios, de pacóvios atirou uma pedra no ônibus da delegação gremista.
A situação foi absurda, vergonhosa. Porém, poderia ser ainda pior. O volante Villasanti acabou sendo atingido pela pedrada. Chegou, inclusive, a desmaiar. Teve traumatismo craniano e uma concussão. Foi parar no hospital. Veja bem, o tamanho da pedra era considerável. Tanto que a janela de um dos vidros laterais foi quebrada.
Então, foi um verdadeiro atentado. Vale notar que na terça-feira, antes de partida pela Copa do Nordeste, o ônibus do Bahia foi atingido por torcedores do Sampaio Correa. Também houve feridos. O goleiro Danilo Fernandes, ex-Inter, foi atingido e se machucou de forma leve.
Só que nesse momento surge a grande questão desse Grenal que não houve. O Grêmio vai poder contar com todos os titulares dia 9? Sim. É uma vantagem? Sim. Isso resolve a situação? Claro que não. A Federação Gaúcha de Futebol (FGF) está diante de um fato sério. Ela precisa agir. Não é possível que o Inter não seja punido.
Alguém pode argumentar: mas não é culpa do Inter. Muita calma nessa hora. O Grêmio foi eliminado de uma Copa do Brasil por conta de uma torcedora tresloucada. Claro que nem todo torcedor gremista ou colorado é adepto da barbárie. Mas isso tem de parar. É preciso começar a agir. A impunidade vai fazer com que essa cena se repita. E aí pode haver outras pedras no meio do caminho...