Um vareio do VAR no Equador
O Brasil foi fazer turismo no Equador. Afinal de contas, a Seleção já está classificada para a Copa do Mundo de 2022. Mas o jogo foi tudo, menos tedioso. Até porque o árbitro colombiano Wilmar Roldán deu um show de incompetência. Porém, foi salvo pelo VAR. Apesar do empate em 1 a 1, foi um vareio do VAR no Equador.
A partida começou animada. Logo aos cinco minutos, depois de uma sucessão de falhas da defesa equatoriana, Casemiro quase em cima da linha, de carrinho, abriu o placar. Tudo indicava outro passeio do time treinado por Tite. Aliás, mesmo sem Neymar, o técnico brasileiro montou um esquema ofensivo com Philippe Coutinho, Vini Jr., Raphinha e Matheus Cunha.
Porém, o jogo começaria a sair do normal aos 12 minutos. Matheus Cunha recebeu um ótimo lançamento e ia marcar um golaço. Mas o goleiro Domínguez deu uma voadora de fazer inveja a muito lutador de MMA. O que o juiz fez? Ignorou completamente o lance. Mas o VAR foi acionado e o bom senso voltou. Cartão vermelho para o arqueiro equatoriano. Era uma grande vantagem para o Brasil.
O problema é que, conforme ensina o ditado, tudo o que é bom dura pouco. Aos 19, Emerson atingiu Estrada. Não foi uma falta tão grave. Mas cabia um cartão amarelo. E, como o jogador brasileiro já tinha amarelo, acabou recebendo o vermelho.
Parece loucura? Pois teve mais. Após rebater uma bola com os pés, Alisson acertou o rosto de Enner Valencia. O juiz não teve dúvidas. Cartão vermelho direto. Mas o VAR chamou e disse "Que passa? Tú estás loco, cabrón?". Então, Wilmar Roldán voltou atrás e aplicou somente um amarelo.
Como o árbitro estava mais perdido do que cupim em metalúrgica, o VAR “salvou” o Brasil em uma penalidade máxima. Roldán viu pênalti de Raphinha em Estupiñan. Em tese, seria um pisão dentro da área. Só que isso não aconteceu. Foi uma atuação digna de Oscar do jogador equatoriano. Resultado? Após consultar o vídeo, o árbitro voltou atrás mais uma vez.
No segundo tempo, o Equador cresceu. Dominou a partida e foi para cima do Brasil. Aos 29 minutos, tanta insistência foi premiada. Em cobrança de escanteio, o zagueiro Felix Torres subiu mais alto que a zaga brasileira e cabeceou para o fundo da rede. Alisson ainda chegou a tocar na bola, mas não evitou o empate.
Então, o jogo ficou sem emoção? Nada disso, nos acréscimos, o árbitro expulsou novamente Alisson. Ele assinalou um pênalti. O motivo? O goleiro brasileiro teria dado um soco no jogador do Equador ao tentar afastar a bola. O VAR, que nitidamente deve ter ganho hora extra, entrou de novo em ação. Na imagem fica absurdamente nítido que Alisson acertou a bola. Pênalti e cartão anulados.
Os equatorianos protestaram, xingaram muito no Twitter, mas não adiantou. A partida terminou mesmo empatada em 1 a 1 em Quito. E o Brasil segue invicto. Com uma grande ajuda do VAR, que foi eleito o craque do jogo. O próximo desafio do time treinado por Tite será diante do Paraguai, na terça-feira, às 21h30 (de Brasília), no Mineirão.