O Gato de Schrödinger e o Grêmio
O Grêmio empatou com o Corinthians em 1 a 1. O resultado é péssimo para o tricolor gaúcho. A equipe treinada por Vagner Mancini vencia o jogo até os 40 minutos do segundo tempo. Mas o detalhe é que o tricolor gaúcho não está rebaixado. Neste momento, o Grêmio é uma espécie de gato de Schrödinger do Brasileirão.
Para quem não gosta de física quântica (caso de 99% dos leitores dessa impoluta revista) o gato de Schrödinger é uma experiência mental, frequentemente descrita como um paradoxo, desenvolvida pelo físico austríaco Erwin Schrödinger, em 1935. A experiência procura ilustrar a interpretação de Copenhague da mecânica quântica, imaginando-a aplicada a objetos do dia a dia.
Parece confuso? Calma que fica pior. A ideia é que tem um gato em uma caixa. Mas para saber se o gato está vivo ou morto é preciso abrir a caixa. Porém, se isso for feito, se altera a possibilidade do gato estar vivo ou morto. E isso, em tese, serve para explicar os estados de superposição quântica. Certo. Onde o Grêmio entra nessa história?
Bem, o Grêmio está rebaixado e não está rebaixado. Como o gato na caixa. A diferença é que o tricolor gaúcho está dentro de um caixão escrito série B. O empate foi tenebroso. Todavia, dependendo dos resultados de segunda-feira, o tricolor pode chegar vivo na última rodada!
Mas e o jogo contra o Corinthians? O Grêmio fez outra boa exibição. A escalação foi certa, o esquema também. Contudo, a covardia clássica de recuar o time custou caro. O gol do tricolor saiu aos 38 minutos do primeiro tempo.
Lucas Silva roubou a bola e passou para Ferreirinha. Ele deixou o marcador na saudade, foi até a linha de fundo e cruzou. A bola foi na medida para Diego Souza que, matou no peito, tirando a marcação de Fabio Santos. Então, o centroavante esticou o pé praticamente deitado e tocou na saída de Cássio. Pronto! 1 a 0 era só acabar o jogo.
Infelizmente, ainda tinha muito tempo pela frente. No segundo tempo, não parecia que o Corinthians estava obcecado com a vingança. Na verdade, o Timão tocou a bola para o lado de forma indolente. O Grêmio também pouco produziu. Então, aos 40 minutos, Willian pegou a bola na esquerda e passou para Renato Augusto. Ele estava livre, teve tempo para ajeitar e mandou um petardo. A bola foi no ângulo, chegou a bater na trave antes de entrar. Gabriel Grando nada pode fazer.
Agora, para torcida gremista, só resta esperar. Mas é claro que não dá para negar a ironia da situação. O destino do Grêmio na Segunda vai ser decidido numa segunda.