Grêmio: VAR pro diabo que o carregue
É hora de fazer as malas. O Grêmio está indo para a série B. Vai chegar o momento de dar um abraço no Cruzeiro, de tomar um chopp com o Vasco. A derrota para o Palmeiras por 3 a 1 foi típica de um time que está em queda livre. A quantidade de erros bisonhos é notável. Ao final da partida sobrou pra todo mundo. Inclusive para o VAR.
Uma das características mais marcantes de um time que está indo para a segunda divisão são aquelas partidas que desafiam a lógica. Sim, por mais difícil que seja acreditar nisso, a equipe treinada por Vagner Mancini fez um bom primeiro tempo. Dominou as ações, teve uma atuação inspirada de Douglas Costa e ainda assim foi para o intervalo perdendo de 2 a 1!!
Aos 12 minutos, o palmeirense Marcos Rocha perdeu a dividida para Douglas Costa. O craque gremista arrancou em velocidade, driblou o zagueiro e cruzou na medida para Diego Souza. Esse gol veio na hora certa. Era basicamente recuar e jogar no contra-ataque. Aliás, Diego Souza quase fez o segundo de cabeça, mas o goleiro Weverton fez uma grande defesa.
Então, o primeiro tempo estava chegando ao fim. A superioridade gremista era nítida. Mas aos 45 minutos Thiago Santos deu um "chega pra lá" em Marcos Rocha dentro da área. Bem, é um lance de interpretação. Por isso valeu o talento de ator do jogador do Palmeiras. O juiz ignorou o lance, mas o VAR chamou. O árbitro voltou atrás. Deu o pênalti. Raphael Veiga cobrou sem chances para Brenno e igualou o marcador.
Certo. A situação não era boa. Porém, nesse momento, o melhor a fazer era tocar a bola pro lado e esperar o fim do primeiro tempo. Então, aos 49 minutos, a defesa gremista vacilou feio. O Palmeiras veio trocando passes. Ninguém fez falta. Ninguém parou o lance. Então, Raphael Veiga chutou de fora da área, a bola entrou rente ao poste esquerdo de Brenno. Sim, 2 a 1. A equipe paulista achou DOIS gols em cinco minutos.
Na segunda etapa, o Grêmio seguiu dominando. Já o Palmeiras recuou e ficou esperando uma bola para decidir de vez o jogo. O Felipão faz isso e é chamado de ultrapassado. Já o Abel Ferreira é chamado de estrategista. É dose pra mamute. Mancini tentou mudar o time. Entraram Lucas Silva, Campaz e Churín nas vagas de Alisson, Thiago Santos e Villasanti.
Em tempo, Campaz entrou no lugar certo. Como ele gosta de jogar. E foi um dos destaques gremistas. Aos 40 minutos, o jogador colombiano arrancou de trás com a bola dominada, passou para Churin que fez um passe na medida para Elias Manoel. O garoto mandou de voleio. Um golaço. Mas a revisão do VAR acusou um impedimento milimétrico. Ah, para! VAR pro diabo que o carregue!
Nos acréscimos, aos 49 minutos, o Palmeiras fez o contra-ataque que tanto queria. Depois de uma boa troca de passes, Brenno Lopes chutou livre de dentro da área. 3 a 1. Um resultado bizarro, estúpido, ridículo, digno de um time que está caindo para a segunda divisão.
Agora, o Grêmio vai enfrentar o líder Atlético Mineiro, no Mineirão, às 21h. A partida será na quarta-feira, 3 de novembro, em jogo atrasado. É mais fácil a gasolina baixar do que o tricolor conseguir um bom resultado. Para piorar as coisas, o técnico Vagner Mancini disse que enxergou problemas no posicionamento da defesa, do meio de campo e do ataque. Só isso. Honestamente... Grêmio: VAR pro diabo que o carregue!
P.S. - A torcida gremista invadiu o campo depois do jogo e destruiu a cabine do VAR. O juiz garantiu que os torcedores estavam em impedimento, mas não tinha ninguém para traçar a linha...