A classificação é tudo, mas não é 100%

A seleção brasileira ficou no 0 a 0 com a Colômbia. Fez alguma diferença? Honestamente não. A equipe treinada por Tite lidera com folga as eliminatórias. Não está jogando um futebol brilhante. Porém, isso não importa tanto assim. A hora de ser espetacular é na Copa do Mundo.

O jogo foi equilibrado. O destaque da Colômbia foi o público, o gramado, o café, o povo hospitaleiro, enfim, tudo menos o futebol. O time treinado por Reinaldo Rueda sabe que vai se classificar para a Copa da mesma forma que os brasileiros usam o cartão de crédito durante a pandemia. Ou seja, no limite.

Pelo lado brasileiro, Neymar jogou mal. Faz tempo, aliás, que o craque brasileiro está abaixo das expectativas. Na verdade, seria mais uma partida para destacar o trabalho coletivo da Seleção. Pode-se criticar o trabalho do Tite em vários aspectos, porém o Brasil apresenta um futebol sólido e consistente.

Contudo, tem um sujeito que mostra a cada jogo que tem condições de ser titular: Raphinha. Ele entrou aos 15 minutos do segundo tempo no lugar do Gabriel Barbosa. Diga-se de passagem, a atuação do Gabi Gol foi mais inútil do que maçã em salada de maionese.

Raphinha nunca jogou por nenhum clube brasileiro. É ídolo no Leeds United na Inglaterra. Entrou muito bem na partida. Aos 31 minutos da etapa complementar, ele disparou um belo chute da intermediária obrigando Ospina espalmar. É um jogador que merece mais chances.

Agora, o Brasil volta a campo na próxima quinta-feira, às 21h30min, para enfrentar o Uruguai, na Arena da Amazônia. O estádio ficou praticamente abandonado desde a Copa do Mundo. Ainda assim, faz parte do livro dos recordes. É conhecido por ser o banheiro público de passarinhos do mundo.

Jarbas Schier