Aquela derrota bem mais ou menos

Por mais estranho que pareça, o título da corneta não está errado. E antes que o atento leitor da ZeroZen tente rasgar esse texto ao meio, só para descobrir que está na Internet e teria de imprimir a corneta, vale o aviso: o Grêmio não jogou nada, mas a situação poderia ter ficado ainda pior.

Antes de mais nada, o Grêmio jogava sempre um bom primeiro tempo. Depois via as coisas se complicarem na segunda etapa. Não foi o que aconteceu. A equipe treinada por Luiz Felipe Scolari foi totalmente dominada. O Athletico-PR foi superior e mereceu vencer.

O tricolor usou a mesma escalação que venceu o Flamengo. Porém não funcionou. Principalmente por conta de Nicolas e Nikão. O Athletico abriu o jogo pelas pontas. E Vanderson é craque, mas marca mal. Rafinha não é craque, reclama demais e, claro, marca mal. Então, aos 30 minutos, do primeiro tempo, a marcação falhou e Renato Kayzer fez um belo passe para Pedro Rocha. Ele invadiu a área e chutou cruzado sem chances para Gabriel Chapecó.

O Grêmio sentiu o golpe. Os donos da casa aproveitaram o momento. Nikão avançou em velocidade pela direita e fez um cruzamento na medida para Pedro Rocha. O atacante cabeceou com estilo. Chapecó nada pode fazer. Nesse hora, já dava para perceber que esse não seria um fim de semana gremista.

Na volta da segunda etapa, o Athletico-PR seguiu em um ritmo forte. E isso que o time era reserva. Os titulares foram poupados por conta da Sul-Americana. Vale destacar que Felipão errou nas substituições. Tirou o volante Lucas Silva para a entrada de Douglas Costa, e tirou o apagado Alisson para a entrada de Leo Pereira. Douglas está sem condições de jogo. Já Leo Pereira nunca teve condições de jogar futebol...

A equipe paranaense foi pra cima. Aos nove minutos, Thiago Santos não cortou o cruzamento. A bola sobrou para Léo Citadini. Ele tocou para Khelven, que cruzou na cabeça de Renato Kayzer. 3 a 0 para o Furacão. Mas o Grêmio não deixou barato. Aos 13 minutos, em cobrança de escanteio Thiago Santos subiu e de cabeça descontou: 3 a 1.

O problema é que o Athletico-PR queria mais. Aos 15 minutos, Khelven avançou pela direita. Foi ao fundo e cruzou rasteiro. Renato Kayzer apareceu para bater na saída de Chapecó. O resultado de 4 a 1 mostrava a fragilidade gremista nas laterais.

O Athletico passou a administrou o jogo. Praticamente, todo o time gremista jogou mal. Faltou raça, superação e aquela marcação ensandecida como a que ocorreu contra Flamengo. Ainda assim, houve tempo para mais um gol. Aos 40 minutos, Vanderson, o melhor jogador do Grêmio, avançou pela direita e chegou praticamente na linha de fundo. A zaga, o goleiro, os narradores, os comentaristas, os repórteres, enfim, todo mundo, esperava um cruzamento. O lateral gremista disparou um petardo praticamente sem ângulo. E marcou um golaço.

Apesar do elástico placar de 4 a 2, essa foi uma derrota bem mais ou menos. Por quê? Bem, o Grêmio joga um campeonato particular no qual só precisa encontrar quatro times piores do que ele. A boa notícia é que o Santos está em queda livre. Outra boa notícia, o Bahia vai de mal a pior. Então, basta uma vitória, em casa, contra o Sport na próxima rodada para sair do Z-4. A partida será no próximo domingo às 20h30min.

Jarbas Schier