Fato novo é o Grêmio estar em pânico
Nada está tão ruim que não possa piorar. Por incrível que pareça, o Grêmio fez uma partida ainda pior do que contra o Juventude. A equipe treinada por Tiago Nunes é um fracasso monumental. Não dá para entender a insistência em Rafinha. Não dá para entender a ausência de Darlan. Com tantos erros, é fácil entender a derrota por 1 a 0 para o Atlético-GO.
Também é preciso que se diga: o Atlético-GO é uma equipe defensiva, marca bem, desarma bem, se dedica o tempo inteiro. É basicamente o oposto do Grêmio. Fisicamente o tricolor é um vexame. Pior ainda: o emocional está em frangalhos. Apenas dois pontos em sete partidas disputadas é um recorde negativo difícil de ser batido.
Na primeira etapa, o Grêmio foi o mesmo de sempre. Ou seja, 11 funcionários públicos em campo, batendo carimbo e esperando o tempo passar. Foi algo melancólico. Tanto que a melhor chance foi do Atletico-GO. Lucão cabeceou dentro da área e Brenno fez mais uma defesa espetacular. Em tempo, não precisa ser um gênio para saber que Rafinha, Diogo Barbosa, Jean Pyerre não podem ser titulares. E que Ferreirinha e Matheus Henrique estão abaixo da crítica.
No segundo tempo, o melhor futebol do Dragão prevaleceu. Aos 9 minutos, Dudu driblou Diogo Barbosa. Avançou livre e cruzou para dentro da área. Lucão - completamente livre - só teve o trabalho de tocar para o fundo da rede. Depois disso, o Grêmio desabou. Não reagiu de forma alguma. Na verdade, o domínio da partida foi todo da equipe de Goiás. Uma vergonha sem precedentes na história recente do Grêmio.
A diretoria do Grêmio disse durante a semana que esperava um fato novo na partida contra o Atlético-GO. Bem, o fato novo é o Grêmio - e a torcida - estarem em pânico. Para melhorar uma situação dramática, a direção fez o óbvio. Demitiu Tiago Nunes. É o típico caso de vai e já vai tarde. A aposta agora é no Felipão. Se impedir um novo rebaixamento, pode pedir uma estátua na Arena.