A vitória da sofrência na Copa América

Em uma das provas mais definitivas de que o apocalipse está próximo, o sertanejo universitário domina as paradas de sucesso no país. Então, a seleção brasileira resolveu fazer uma homenagem. Venceu o Chile por 1 a 0 na Copa América. Foi a vitória da sofrência. Tudo por que jogou praticamente todo o segundo tempo com um jogador a menos.

Foram dois tempos bem distintos. No primeiro a seleção comandada por Tite até tentou jogar futebol. Mas não conseguiu. A equipe foi lenta e burocrática. Na segunda etapa, depois da expulsão, o Brasil teve raça, garra e superação. E não precisou se preocupar em jogar futebol.

Como resumir o primeiro tempo de Chile e Brasil? Em uma palavra: lamentável. Pronto. Vamos seguir em frente. Toda a ação ficou concentrada na segunda etapa. Tite tirou Firmino que fez o papel tático de cone de treino. Em seu lugar colocou o esforçado Lucas Paquetá. Deu certo.

Logo aos 2 minutos, Fred passou para Casemiro, que tocou de primeira para o meio da área. Paquetá se livrou da marcação e tabelou com Neymar. Recebeu na frente, escapou do zagueiro e chutou forte na saída de Bravo. O goleiro chileno não teve a menor chance.

Só que nem deu tempo de comemorar. Um minuto depois, Gabriel Jesus foi expulso. Tudo por que deu um excelente golpe de Muay Thai em Mena. Por ter demonstrado uma técnica tão precisa na cara do jogador chileno, levou o cartão vermelho. Injustiça. A partir daí, a partida foi pura confusão e correria.

O Chile foi para cima. Teve um gol corretamente anulado. Pressionou de todas as formas. Restou à Seleção Brasileira se defender e correr sem parar. Tanta luta foi recompensada. Com o resultado, o Brasil garantiu classificação às semifinais para enfrentar o Peru.

Jarbas Schier