A seleção brasileira não sabe fazer protestos
Havia um clima de desconfiança no ar. O técnico Tite estava descontente. Os jogadores estavam desanimados, cabisbaixos, taciturnos e cogitabundos. Aliás, eles deixaram claro que são contra a Copa América. Mas que iam jogar de qualquer maneira a competição. Resultado, o Brasil venceu a Venezuela por 3 a 0 fora o banho de bola. Realmente, a seleção brasileira não sabe fazer protesto...
Verdade seja dita, a Venezuela chegou no Brasil e se adaptou rapidamente. Tanto que 13 casos de Covid-19 foram registrados no elenco. Provavelmente, algum gaiato vai dizer que faltou os jogadores venezuelanos tomarem cloroquina. Porém, pelo que se viu na partida, eles tomaram mesmo foi um chocolate. E isso pode ser algo positivo. Afinal de contas, a seleção venezuelana não disputa para ganhar um prêmio, mas para ganhar um prato de comida.
O jogo começou como se esperava, o Brasil atacando e a Venezuela rezando para não tomar uma goleada. Tanta pressão só foi dar resultado aos 22 minutos do primeiro tempo. Neymar cobrou escanteio, Richarlyson cabeceou, a bola sobrou para Marquinhos, que teve tempo de dominar e chutar mascado pelo meio das pernas do zagueiro. A bola enganou o goleiro e foi entrando lentamente.
Na segunda etapa, nada mudou. O Brasil seguiu pressionando. Aos 17 minutos, Danilo fez boa jogada individual e foi derrubado dentro da área. Pênalti. Os venezuelanos reclamaram, pensaram em pedir uma CPI, afinal de contas, o jogo foi no estádio Mané Garrincha, em Brasília. Mas era muito trabalho. Neymar cobrou com paradinha e fez.
Depois, no final da partida, aos 43 minutos, Neymar recebeu livre e avançou em velocidade. Driblou o goleiro e viu Gabi Gol dentro da área. Ele cruzou na medida e o atacante empurrou com o peito para o fundo das redes. Brasil dominando a América do Sul no futebol e no Covid-19.
Agora, na próxima rodada, que será realizada na quinta-feira, o Brasil enfrenta a seleção peruana. A partida será no Engenhão. A seleção já tem oito vitórias seguidas. Porém, não será um jogo fácil. Como se sabe, o Peru começa tímido, mas cresce durante a partida. E como sempre vai tentar enfiar em profundidade. Por isso, todo cuidado é pouco.