8 a 0 ou Sul-Americana não tem VAR, mas tem vareio...

Todo mundo sabia que o Grêmio não teria dificuldades para ganhar do Aragua pela Sul-Americana. O time venezuelano é fraco, limitado, amador. Agora, a vitória de 8 a 0 foi um massacre. O tricolor jogou sem piedade. Enfrentou um adversário que veio para perder de pouco e conseguiu. Por que o placar poderia ter sido uns 15 a 0. Com três partidas e três vitórias, a equipe treinada por Tiago Nunes se manteve na liderança isolada do grupo H da competição.

Antes de mais nada, apesar de ser uma derrota elástica, é possível reconhecer alguns méritos do Aragua. Eles têm um meia de criação (provavelmente criação de galinhas, vacas, porcos, etc.). Mas alguns jogadores mostraram que têm talento nos gramados, provavelmente porque trabalham de jardineiro na Venezuela. A zaga merece elogios. Possui dois tratores. Ou seja, lentos e sem mobilidade. Também ficou nítido que vários jogadores possuem potencial para fazer a alegria da torcida (se começarem a trabalhar como palhaços).

Enfim, aos três minutos o Grêmio já vencia a partida. Yeguez tentou recuar a bola, mas fez passe na medida para Luiz Fernando. Gol. Depois, aos 17 minutos, Rafinha cruzou pela direita, e Diego Souza subiu mais alto, cabeceou, mas a bola sobrou para Luiz Fernando que girou e chutou no ângulo. Gol. Aos 20 minutos, Luiz Fernando foi derrubado dentro da área. Será mesmo que foi pênalti? Bem, na Sul-Americana não tem VAR, mas tem vareio. Diego Souza cobrou com categoria. Gol. Aliás, tudo fica mais fácil quando o time tem um batedor oficial de pênalti...

Aí Ferreirinha viu que o jogo estava fácil. Aos 21 minutos, avançou em um contra-ataque rápido e chutou no canto do goleiro. Gol. Dois minutos depois, ele tabelou com Luiz Fernando, e fez mais um. Gol. 5 a 0. Mas tinha espaço para mais. O Aragua estava mais perdido do que ministro da Saúde do governo Bolsonaro. E, pasmem, aos 29 minutos, houve um cruzamento rasteiro para a área, mas Hernández foi oportunista, mergulhou de carrinho e marcou um belo gol. Só que foi contra. O primeiro tempo terminou em 6 a 0. Um verdadeiro massacre.

Na segunda etapa, nada mudou. O Grêmio seguiu amassando o Aragua. Aos 18 minutos, Rafinha cortou o zagueiro e ia marcar um golaço. Só que a bola bateu na mão do defensor venezuelano. Pênalti. Maicon bateu com categoria. Sim, era 7 a 0. Porém, os jogadores do Grêmio queriam mais. Aos 33 minutos, chegou a vez de Churín.

Diogo Barbosa fez cruzamento da esquerda, o centroavante reserva não teve dificuldades para vencer a zaga. Cabeceou com força tanto que a bola chegou a tocar no travessão e bateu dentro do gol. Depois do 8 a 0, o Grêmio ainda teve pelo menos duas chances claras de gol. Ao que tudo indica, mesmo garantindo que não existe prioridade, às oitavas de final da Sul-Americana estão ao alcance do Grêmio.

Agora, o Grêmio enfrenta o Caxias, no domingo, às 16h, na Arena, pelo jogo de volta da semifinal do Campeonato Gaúcho. Basta um empate para conseguir a vaga na decisão. Pela Sul-Americana, a equipe de Tiago Nunes volta a campo para enfrentar o Lanús, na próxima quinta-feira, às 19h15min, também em Porto Alegre.

Jarbas Schier