Diego Souza faz a festa em Caxias

A corneta não pode ignorar um fato simples e inegável: Diego Souza tem 11 gols em 10 jogos nesta temporada. Ele garantiu a vitória do Grêmio sobre o Caxias por 2 a 1. O resultado encaminha a vaga para a final do campeonato gaúcho. E não importa se o centroavante tricolor tem idade para tomar a vacina contra o corona vírus antes do presidente Romildo Bolzan. O que interessa é que ele está jogando muita bola.

Se engana quem pensou que o jogo seria fácil. Aliás, o Caxias provavelmente teve a sua melhor atuação em todo o campeonato. É notável como, contra o Grêmio, a equipe grená joga como se não houvesse amanhã. E, justamente por isso, foi uma partida disputada. Mas a vitória gremista deixou a equipe treinada por Tiago Nunes com uma grande vantagem para a partida de volta.

O jogo começou trepidante. Aliás, na era Tiago Nunes o Grêmio mostra bem mais intensidade. Pressiona muito mais a saída de bola. Tanto que aos 22 minutos da primeira etapa o tricolor abriu o placar. Depois de uma boa troca de passes, a bola chegou até Thiago Santos. Ele tocou na medida para Léo Pereira. Mas a zaga do Caxias percebeu o lance. Só que cortou mal. E a redonda sobrou justamente para Diego Souza. O centroavante chutou forte, cruzado, a bola ainda bateu no poste e entrou.

O Caxias não se intimidou e foi pra cima. Teve um gol corretamente anulado. Só que a defesa gremista segue falhando miseravelmente, talvez para ajudar o goleiro Brenno a se consagrar. Porém, aos 46 minutos, a zaga falhou feio e Marlon apareceu para igualar o marcador. Brenno nada pode fazer. Esse 1 a 1 antes do intervalo foi tão irritante quanto uma ligação de telemarketing.  

Mas, na segunda etapa, quem voltou melhor foi o Caxias. Aos 10 minutos, Brenno fez outra grande defesa e salvou o Grêmio. Ao longo do tempo, o tricolor foi se organizando. Conseguiu manter a posse de bola, embora ficou longe de levar perigo para o goleiro do Caxias. Porém, tudo mudou aos 38 minutos. Ferreirinha recebeu o lançamento na área do Caxias. E caiu. Aparentemente um lance comum.

Todavia, o VAR estava mais ligado do que rádio de preso. Por que o zagueiro Guilherme Mattis pisa no pé de Ferreirinha. Foi uma espécie de pênalti ninja. Quase ninguém viu, mas aconteceu mesmo. Diego Souza foi lá e cobrou. Aí vale lembrar que a corneta passou o ano de 2020 inteiro perguntando: "por que manter um rodízio na hora de bater as penalidades máximas?". Pois é... cada vez mais fica claro que essa estratégia não tinha fundamento.  

Agora, o Tricolor volta sua atenção para Aragua, da Venezuela, na quinta-feira, às 19h15min. Sim, hora de mais uma goleada, digo, de mais um jogo pela Copa Sul-Americana.

Jarbas Schier