Grêmio atropela Ayacucho e pode ser multado no Detran
A crise continua. O Grêmio venceu o Ayacucho por 6 a 1 na Arena. Só isso? Não dá para acreditar. Se a partida tivesse a presença da torcida, certamente no apito final o público estaria sacudindo notas amassadas de dois reais e protestando contra a equipe. Mas a equipe treinada por Renato Portaluppi não jogou bem? Sim, jogou. Foi uma boa atuação. Mas até o time do condomínio do seu prédio venceria a equipe peruana...
Como foram sete gols em uma só partida, essa corneta corre o risco de ficar maior do que o Velho Testamento. Mas, vamos lá. O Ayacucho ficou quatro minutos sem tomar gol, o que pode ser considerado um mérito. Aos cinco minutos, Maicon fez um passe para Pinares, já dentro da área. O chileno levantou com categoria para David Braz complementar. 1 a 0 era pouco.
Aos 27 minutos, Pinares fez um ótimo lançamento em profundidade para Ferreirinha, que partiu em velocidade, driblou o goleiro Cavalotti e mandou para o fundo da rede. 2 a 0 ainda era pouco. Na sequência, aos 33 minutos, Mendietta puxou Alisson na frente do árbitro. Pênalti. Diego Souza cobrou com categoria. 3 a 0, mas ainda era muito pouco. Então, Diego Souza fez mais um aos 40 minutos. Ele recebeu a bola na entrada da área, limpou dois marcadores e chutou forte. Antes mesmo do final da primeira etapa o Grêmio já vencia por 4 a 0.
Apesar da fragilidade do adversário, os erros cometidos por Renato Portaluppi no final do campeonato brasileiro e no final da Copa do Brasil ficaram evidentes. Como a partida estava fácil, o técnico resolveu fazer alguns testes. Tirou Diogo Barbosa e colocou Bruno Cortez na lateral esquerda. Aos 15 minutos da etapa complementar, entraram Gui Azevedo e Isaque e saíram Alisson e Maicon.
Aos 25 minutos, o zagueiro Paulo Miranda chutou, socou, meteu o dedo no olho e finalmente puxou a camisa do atacante Regalado dentro da área. Em qualquer outro campeonato do mundo seria pênalti. Mas na Libertadores a falta só é marcada quando há fratura exposta. O árbitro Augusto Aragon mandou o jogo seguir.
O gol de honra dos peruanos veio logo em seguida. Aos 28 minutos, em uma cobrança de escanteio, o goleiro Vanderlei falhou. Sim, de novo, novamente, outra vez, ele saiu mal do gol e rebateu a bola nos pés de Quina. O jogador do Ayacucho chutou meio torto, mas a bola bateu em Matheus Henrique e entrou.
O Grêmio reagiu. Isaque e Diego Souza disputaram a bola, que sobrou para Gui Azevedo. Ele avançou, cortou o zagueiro dentro da área e chutou no canto esquerdo do goleiro. 5 a 1 e ainda era pouco. Thaciano, por exemplo, entrou e perdeu um gol feito. Isso irritou Diego Souza. O centroavante fez um golaço. Invadiu a área, driblou três marcadores e tocou com categoria na saída do goleiro.
Agora, o Grêmio pode perder por até quatro gols de diferença na partida de volta. A tendência é que Renato Portaluppi leve um time alternativo (com vários reservas) para o confronto. O Tricolor volta a campo pela competição na próxima terça-feira, no Estádio Olímpico Atahualpa, em Quito, no Equador, às 21h30min. Detalhe: o jogo não será no Peru, pois os brasileiros são a nova ameaça mundial em função da nova variante do corona vírus surgida no país. Ainda bem que ninguém avisou o pessoal do Equador...