Santos (e o VAR) fazem milagre na Arena

Novo empate gremista. Desta vez a equipe treinada por Renato Portaluppi ficou em 3 a 3 com o Santos na Arena. Essa é 17ª vez que o Grêmio empata na competição. Só não é um recorde porque o Corinthians, na época treinado pelo Tite, também conseguiu o mesmo número. Até nisso o Grêmio empata! Mas o resultado foi injusto e irritante. E, claro, outra vez um pênalti é marcado contra o tricolor gaúcho no final da partida.

É relativamente fácil resumir essa partida, mesmo com os seis gols marcados. O Santos começou melhor no seu estilo de correria. Fez o gol. Mas o Grêmio botou a bola no chão. Justamente quando decidiu jogar mostrou toda a superioridade em cima do Santos. Ficou claro que as duas partidas da Libertadores foram um momento de exceção do Peixe. Só que depois que fez 3 a 1, o tricolor relaxou e ficou indolente. O Santos aproveitou para reagir. Só que mesmo assim precisou de dois pênaltis para alcançar o empate.

O primeiro gol saiu aos sete minutos. Kaio Jorge abriu o placar. Ele tocou livre para a rede em contra-ataque fulminante. Mas o Grêmio reagiu. Então, aos 36 minutos, Pepê foi atropelado pelo goleiro John dentro da área. Pênalti claro, escandaloso. Diego Souza cobrou com categoria.

No início do segundo tempo, o Grêmio veio com tudo. Logo, aos 36 segundos, a bola foi passando por todo ataque. Até que Pepê descobriu Jean Pyerre. Ele tocou colocado, no canto oposto do goleiro. Um golaço. Só que o banho de bola não parou por aí. Aos sete minutos, Alisson passou para Lucas Silva, que encontrou Pepê para marcar o terceiro.

Pronto. Tudo indicava uma vitória fácil, uma vingança pela desclassificação na Libertadores e, claro, uma recuperação na tabela do campeonato brasileiro. Mas nada pode ser tão simples assim. Aos 21 minutos, o juiz viu pênalti em um toque de mão de Matheus Henrique. Penalidade discutível (para usar um eufemismo). Arthur Gomes bateu de forma inapelável.

Então, o Grêmio seguiu no ritmo do funcionalismo público em véspera de feriadão. Mas o Santos também não foi tão perigoso assim. Basicamente, tudo se encaminhava para um 3 a 2. Inclusive, porque, aos 40 minutos, Sandry foi expulso. O jogador santista recebeu o segundo cartão amarelo por uma falta em Matheus Henrique.

Só que tudo mudou aos 47 minutos. Em uma cobrança de escanteio inócua, insípida do Santos, o juiz marcou pênalti. Mas, veja bem, ele não viu nada. Aliás, ninguém viu qualquer irregularidade. Porém, o VAR acreditou que houve a penalidade. O juiz analisou o lance e deu um pênalti escandalosamente discutível (para usar outro eufemismo) dizendo que houve toque de mão de Luiz Fernando. Madson bateu e igualou a partida. O Santos conseguiu o seu milagre na Arena.

Em tempo, o Grêmio só está na pré-Libertadores por causa do Palmeiras. Ocupa a sétima posição com 53 pontos. Bom, como na próxima rodada, o tricolor enfrenta o claudicante e cabisbaixo Botafogo, é hora de voltar a vencer. Ou então torcer para um campeonato brasileiro com 85 rodadas. Assim, o Grêmio faria 85 pontos e seria campeão...

Jarbas Schier