O empate da malandragem

O técnico Renato Portaluppi várias vezes já afirmou que em determinados momentos falta malandragem ao time do Grêmio. Bem, o tricolor gaúcho empatou 1 a 1 com o Palmeiras no Allianz Parque. Resta à torcida gremista acreditar que esse foi o empate da malandragem. Caso contrário, a final da Copa do Brasil vai ser um sofrimento épico.

Claro que o atento zeronauta pode estar se perguntando: onde está a malandragem? Afinal de contas, esse confronto foi uma amostra grátis do que será a final da Copa do Brasil. E foi um susto atrás do outro. O Grêmio começou mal a partida. O Palmeiras parecia disposto a apagar a má atuação contra o River pela Libertadores (aliás, a classificação do time paulista foi criminosa, mas é melhor deixar pra lá).

A superioridade palmeirense foi nítida. Tanto que o melhor jogador gremista foi a trave, seguida de perto pelo goleiro Vanderlei. Não é exagero. Rony meteu no poste, Willian carimbou a trave e Breno Lopes acertou a baliza do escrete adversário.

Aos 32 minutos, o Palmeiras cansou de errar gols. Alisson errou passe. Willian agradeceu, passou por Rodrigues e tocou para Viña que cruzou rasteiro para o meio da área. Rony furou, mas Raphael Veiga chutou fraco, mascado, mas a bola foi morrer no canto esquerdo de Vanderlei.

Na segunda etapa, o Grêmio melhorou. Isso não significa que o Palmeiras deixou de ser perigoso. Vanderlei fez grandes defesas. Mas o meio de campo gremista cresceu de produção. Principalmente quando Maicon entrou no lugar de Matheus Henrique.

Aliás, Maicon fez um passe preciso para Luiz Fernando. O atacante foi ao fundo e cruzou. Isso no futebol se chama jogada. E ela teve início, meio e fim. Por que a bola foi na medida para Diego Souza, que subiu mais que a zaga e cabeceou para o fundo da rede. Apesar do 1 a 1 fazer a justiça no placar, o Grêmio quase conseguiu a virada em uma cobrança de falta de Diego Souza. Mas Weverton fez uma bela defesa.

Certo. O atilado leitor da ZeroZen deve estar se questionando: ele falou muito, mas não disse onde está a malandragem. Pois é. Se o time do Grêmio foi malandro, jogou menos do que podia. Guardou toda força e energia para a final da Copa do Brasil. Agora, se o tricolor gaúcho jogou o seu máximo, a torcida gremista terá duas partidas de um sofrimento épico...

Jarbas Schier