Grêmio: um time improvável
O Grêmio foi enfrentar o Bahia em uma situação complicada. Todos (mas todos mesmo) resultados da rodada deram errado. Resultado? O tricolor gaúcho estava na zona de rebaixamento. Somente a vitória interessava. Qualquer outro resultado, haveria crise e ranger de dentes. Mas o Grêmio é um time improvável e inesperado. Derrotou o Bahia por 2 a 0 no Estádio do Pituaçu, em Salvador.
O Grêmio jogou um pouco melhor do que nas últimas três partidas. Mesmo assim, o Bahia começou dominando o jogo. Botou pressão e encurralou a equipe treinada por Renato Portaluppi. Até que, aos 24 minutos, Cortez cobrou para dentro da área. Diego Souza dividiu com a zaga e ganhou. A bola sobrou para Alisson na entrada da área. Ele bateu de primeira. A bola foi precisa, milimétrica, no canto direito do goleiro Mateus Claus.
Então, o Grêmio reapareceu. Voltou ao trabalho depois de tirar umas férias. Foi agressivo, buscou o gol. Ameaçou o Bahia. E com tanta pressão, o segundo gol não demorou a sair. Aos 8 minutos, Everton deu bela assistência na intermediária. A bola ficou livre para Darlan fuzilar sem piedade.
Com essa vantagem confortável, esse seria um jogo tranquilo para o Grêmio? Claro que não. Para dar emoção na partida Matheus Henrique parou um contra-ataque do Bahia. Como já tinha cartão amarelo, acabou recebendo o segundo e foi expulso com justiça. A partir daí, a equipe da casa pressionou sem parar. Até que Gregore fez uma entrada criminosa e foi expulso com mais justiça ainda. Com um a menos para cada lado, a partida voltou a ficar equilibrada até o apito final.
Até agora o Grêmio segue sendo o time improvável do Brasileirão. Suas atuações desafiam a lógica e o bom senso. Se o rival parece um cavalo paraguaio o tricolor parece um cavalo bêbado, que vai fazendo um caminho tortuoso e difícil. Só que basta apenas seguir em linha reta. Na próxima rodada, o Grêmio joga em casa contra o Fortaleza. É hora de ganhar e subir na tabela. Isso se o improvável e inesperado permitir...