Grêmio e Novo Hamburgo? Eu já vi esse filme

Foi a melhor partida do Gauchão. Aliás, muito provavelmente foi um dos melhores jogos pós-pandemia realizados no Brasil. Porém, é preciso dizer que a vitória de 4 a 3 do Grêmio sobre o Novo Hamburgo lembra muito um filme. Mais especificamente O Hobbit, dirigido por Peter Jackson. Ou seja, foi épico, mas qual a necessidade disso?

O jogo começou eletrizante. Logo aos dois minutos, Everton cruzou na medida para Diego Souza. O artilheiro do Gauchão subiu mais alto que a zaga do Novo Hamburgo e não perdoou. Ele testou forte para fazer 1 a 0. O Novo Hamburgo acusou o golpe. Só que o time de Renato Portaluppi seguiu implacável.

A pressão era absurda. O tricolor gaúcho empilhava uma oportunidade atrás da outra. Mas somente aos 22 minutos veio o segundo gol. Novamente, Everton cruzou com perfeição Só que Alisson é quem estava dentro da área. Ele fez uma finalização esquisita. O goleiro defendeu, mas a bola sobrou para Maicon que, de bico, mandou a bola para o fundo das redes.

Até esse momento, a partida estava em uma aparente normalidade. Todavia, o Novo Hamburgo foi para o ataque. Aos 30 minutos, Kannemann fez falta próximo à risca da grande área. Zé Mario chutou forte. A bola era defensável. Só que Vanderlei não achou que fosse e deixou passar. Uma única e solitária chance e o "Nóia" fez o seu gol. É claro que o torcedor gremista raiz já tinha percebido que esse não seria um jogo normal.

O Grêmio seguiu pressionando em busca do terceiro gol. E seguiu perdendo chances. Só que o Novo Hamburgo resolveu atacar pela segunda vez. E contou com a ajuda de Matheus Henrique. Ele escorregou e perdeu a bola para Matheus Lagoa. Com um toque de bola rápido e preciso Juba recebeu pela direita e cruzou rasteiro para Kayron tocar para o gol vazio. Um inacreditável e inconcebível 2 a 2 foi o resultado do primeiro tempo.

Porém, ainda teria muito mais emoção na segunda etapa. O Grêmio foi pra cima de novo. Pressionou, atacou, não deixou o Novo Hamburgo passar da intermediária. Aos 14 minutos, a justiça no placar foi restabelecida. Guilherme Guedes cruzou rasteiro para Diego Souza. O atacante voltou a vencer a defesa do Novo Hamburgo e tocou com categoria para o fundo das redes.

Só que tem coisas que só acontecem com Grêmio. O Novo Hamburgo passou do meio do campo e resolveu ameaçar o Grêmio. Ao mesmo tempo, o tricolor gaúcho fazia uma série de contra ataques perigosos. Era um jogo aberto e franco. O problema é que quando tudo parecia decidido, Jean Pyerre fez pênalti em cobrança de escanteio. Aos 34 minutos, Zé Mario bateu forte e marcou. O resultado de 3 a 3 levava a partida para os pênaltis.

A equipe de Renato Portaluppi foi para o abafa. A tática era o desespero puro e simples. Então, aos 45 minutos, a zaga do Novo Hamburgo se atrapalhou e a bola sobrou no pé do atacante Luciano. Ele dominou com categoria e com calma, tirou do goleiro. Placar final: 4 a 3. Foi sofrido, foi chorado, mas o Grêmio garantiu a vaga na final do returno.

E vai ter outro Grenal. O Inter venceu o limitadíssimo Esportivo por 4 a 0. A partida será realizada às 21h30min de quarta-feira. Em tese, deve ser na Arena porque o Grêmio tem a melhor campanha do campeonato. Porém, é preciso esperar pela liberação da prefeitura de Porto Alegre, por conta das restrições impostas pela pandemia de Covid-19.

Jarbas Schier

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