O Grenal do Odair Hellmann

Foi um massacre. Foi um banho de bola. Foi um chocolate. Foi uma humilhação. O Grêmio patrolou o Inter. Fez 2 a 0, mas - em hipótese alguma - o placar reflete o que foi o jogo. O mais justo seria 7 a 0 para o tricolor gaúcho. A partida serviu para mostrar que o Grêmio está em busca de uma vaga direta para a Libertadores e que Odair Hellmann tinha razão.

Antes de falar do jogo em si é preciso destacar a esdrúxula escalação do Internacional. Neilton de armador? Um ataque com Paolo Guerrero, Wellington Paulista e Guilherme Parede? É preciso parabenizar a coragem do treinador Zé Ricardo, porque noção ele não tem. Deixou D'Alessandro, Sarrafiore e Nico Lopez no banco. Bem, cada um com seus problemas.

Desde o começo do jogo, o Grêmio foi melhor. Mas o gol só foi sair aos 33 minutos do primeiro tempo. Depois de uma cobrança de falta de Alisson, Geromel subiu e marcou de cabeça. Verdade seja dita, a partida nesse momento já poderia estar 3 a 0 ao natural. A maior rivalidade nem era o clássico, mas sim o Inter e a bola.

No início do segundo tempo, aos 6 minutos, o goleiro Marcelo Lomba deu uma voadora no atacante Luciano. Para Lomba, o juiz já tinha apitado impedimento, por isso aplicou o golpe de Muay thai. O que ele não sabe é que impedimento não libera golpes de MMA em partidas de futebol. Expulsão justa e merecida em um dos momentos mais constrangedores dos últimos tempos em gre-nais.

A partir daí, o Gre-nal 422 foi uma surra. Era evidente que a qualquer momento uma ONG internacional ia invadir o campo e conceder asilo político ao Internacional. Mas, ao invés disso, aos 32 minutos do segundo tempo, Rômulo fez um golaço. Ele recebeu um passe de Pepê e chutou de fora da área a bola fez uma curva praticamente impossível (que provavelmente vai levar a ciência a revogar uma série de leis) e encobriu Danilo Fernandes

Todavia, o arguto Zeronauta está se perguntando: mas e o Odair Hellmann? O que ele tem a ver com esse Gre-nal? Fácil. O ex-treinador colorado foi inúmeras vezes criticado por ser um retranqueiro, por não avançar o seu time, por não ter ambições, por jogar sempre para não perder. Bem, o Gre-nal serviu para provar o óbvio.

Odair Hellmann sabia que esse time do Inter é muito ruim. É uma equipe fraca, limitada, com um elenco pífio e patético. Então a única alternativa era mesmo se retrancar e torcer pelo melhor. A ideia era esquecer o futebol e apostar na sorte. A tática quase deu certo. O problema é que a sorte é que nem botijão de gás: acaba sempre na hora errada.

A ZeroZen também quer enaltecer a sensibilidade da CBF que marcou a partida para o dia 3 de novembro. Isso deu tempo para o colorado comemorar o seu dia. Por que, como todos sabem, o Inter está morto...

Jarbas Schier

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