Seleção Masculina e Feminina são iguais. A França prova isso
A Seleção Feminina de futebol não pode - nem deve - mais aceitar qualquer tipo de discriminação. Provou dentro do campo seu valor, seu brio. Aliás, mostrou sua completa igualdade com a seleção masculina. Perdeu uma Copa do Mundo na França para a seleção local. Da mesma forma, terminou sendo derrotada em uma partida bisonha e repleta de erros. Esse é o verdadeiro espírito do Brasil! Somos iguais em ignorância, incompetência e falta de preparo. O que nos une é a derrota, a tragédia e a total falta de bom senso na parte tática...
É preciso ressaltar: nunca uma partida da Copa do Mundo feminina de futebol teve tanta audiência em um único país quanto a vergonhosa e pífia derrota do Brasil para a França por 2 a 1, no domingo, 23 de junho, pelas oitavas de final do torneio. Somente no Brasil, 35,245 milhões de espectadores acompanharam a partida, que foi transmitida pela TV aberta. Os dados não mentem. Tanto respaldo só confirma a teoria de que o brasileiro gosta mesmo do tropeço, do fracasso da derrota acachapante.
O resultado final da Copa do Mundo Feminina foi óbvio. A seleção norte-americana se sagrou campeã. Os EUA mereceram o título. Foram implacáveis. Aliás, após conquistar o título as atletas começaram a gritar "equal pay". Calma. Não precisa correr para o Google Tradutor. Basicamente, elas pediam salários iguais.
Por que essa reclamação? Bem, um dos problemas é que os jogadores de futebol masculino recebem uma remuneração muito mais do que as mulheres. Claro que está na hora de mudar isso. Mas será que um reles protesto em uma final de Copa do Mundo pode se resolver esse problema? Mais uma vez a ZeroZen decide matar no peito (sem trocadilho) e fazer uma assistência de craque.
Como as mulheres podem resolver esse problema? Fácil. É só elas passarem a assistir futebol feminino com paixão e fervor. Veja bem, não basta ser um fã ocasional que só se manifesta na Copa do Mundo. Não mesmo! Para virar esse jogo qualquer transmissão de futebol feminino tem de dar uma audiência absurda. Até mesmo a terceira divisão da Namíbia precisa ter um público imenso na frente da TV. Quando isso acontecer as emissoras vão perceber que o futebol feminino é um bom negócio.
Agora, não é um trabalho fácil. As mulheres precisam ser devotas ao futebol. Precisam esquecer todas as responsabilidades e se concentrar no que realmente importa: discutir se foi pênalti ou não, criticar juiz e bandeirinha e chamar o técnico (ou a técnica) de burro e retranqueiro... Adeus ida no shopping. Adeus filhos. Adeus comédias românticas. O dinheiro todo deve ser gasto em futebol. É preciso acompanhar o time nas partidas fora de casa. Então, emprego nem pensar. O futebol é tão absorvente (sem trocadilho) que não vai haver tempo para mais nada.
Ou seja, o final de semana seria uma apoteose televisiva. Das 9h da manhã até as 9 da noite assistindo a todas as partidas de todos os campeonatos femininos do mundo. Mulheres se afundando no sofá, abrindo mão de todo e qualquer vestígio de responsabilidade. Um imenso esforço, mas que vai servir para mudar o esporte (e provavelmente acabar de vez com o planeta). Por fim, é evidente que o alcoolismo feminino vai ser recorde. Afinal de contas, mais cedo ou mais tarde o seu time vai fazer você sofrer...