Banho de bola e de pênaltis
Se fosse pela tacanha mídia esportiva gaúcha, o Grêmio entraria 388º Gre-Nal da história perdendo de 3 a 0. Sim, durante toda a semana o Inter foi tachado de favorito incontestável para o clássico. Sério? Bem, não foi o que se viu no Estádio Olímpico. Foi um banho de bola e 2 a 1 foi pouco.
Para começo de conversa, o Grêmio dominou a partida. Foi absurdamente superior ao Inter. Aliás, desde o começo do ano o tricolor já era melhor. Perdeu o campeonato gaúcho por uma fatalidade, uma daquelas injustiças típicas do futebol. A equipe treinada por Celso Roth teve uma atuação impecável. Méritos para Roth. Ele está ajustando o time.
Outro fato que marcou o Gre-nal foi a arbitragem. O juiz não deu dois pênaltis escandalosos a favor do Grêmio. árbitro carioca Marcelo de Lima Henrique ignorou uma indiscutível penalidade máxima em cima de Mário Fernandes. Ou seja, foi um banho de bola e de pênaltis. Tudo bem. O tricolor superou todas as adversidades e humilhou o campeão da Recopa Sul-Americana.
Certo. Os colorados vão alegar que estavam desfalcados: D'Alessandro, Nei e Guiñazu não jogaram. Só que Celso Roth teve que escalar o Grêmio sem o contundido Gilberto Silva e os suspensos Rafael Marques e Adilson. Então - verdade seja dita - não houve tanta diferença assim.
O Inter só resistiu até os 16min. Douglas achou Mário Fernandes na ponta direita e o lateral tocou para trás. Marquinhos se esticou e completou no canto direito, para o fundo das redes. Daí para frente, o Grêmio dominou o jogo. Tocava bem a bola, fazia boas jogadas e tinha o controle da partida.
O problema é que Gre-nal é Gre-nal. Em um lance isolado, em uma cobrança de falta, o Inter empatou. Aos 26min, Oscar cobrou infração da meia direita, Índio apareceu por trás da zaga e cabeceou para o fundo das redes. Em tempo, essa cobrança de falta foi a única participação de Oscar na partida.
Na segunda etapa, nada mudou. O Grêmio seguiu dominando o jogo. A equipe do Celso Roth criava uma chance atrás da outra. Quando o goleiro Muriel não defendia, o juiz não marcava pênalti. Só que, aos 32min, o árbitro Marcelo de Lima Henrique finalmente viu o óbvio e marcou pênalti. Escudero fez ótima jogada individual pelo meio, entrou na área e foi deslocado por Índio. Na cobrança, Douglas chutou no centro do gol e marcou.
Pronto. Era a vitória merecida e inapelável. Depois, foi só administrar o jogo até o apito final. Grêmio agora tem 21 pontos e se afastou da zona do rebaixamento, na 15ª colocação. A próxima partida do tricolor é fora de casa justamente contra o Corinthians.