E vai ser um longo ano...

Para os gremistas uma coisa ficou clara: melhor tratar de esquecer o ano de 2010. Mas ainda é cedo para os colorados cantarem vitória. A equipe treinada por Renato Gaúcho pela primeira vez no Brasileirão mostrou capacidade de reação. O empate com Atlético-PR na Arena da Baixada em 1 a 1 pode parecer pouco, mas pelo menos foi um alento em uma semana lamentável.

Antes de mais nada alguém no Estádio Olímpico tem de perceber que para evitar a segundona não é preciso ganhar. Basta não perder. Por exemplo, se o Grêmio não tivesse sofrido uma das maiores injustiças da história do futebol ao ser derrotado pelo Santos, já estaria fora da zona de rebaixamento. Mas jogando em casa contra o Guarani talvez a torcida tenha a chance de respirar aliviada.

Todo mundo sabe que o Grêmio realmente tem um time bem abaixo do que se espera. Todavia, o Atlético-PR também não fica muito atrás. É uma das piores equipes a vestir a camiseta do furacão. Como resultado o jogo entre os dois times foi um festival de ruindades e de passes errados.

Claro que a zaga gremista segue falhando. Aos 36min do primeiro tempo deixou Maikon Leite dominar a bola completamente livre. Ele invadiu a área, driblou Victor e tocou para o fundo das redes. O Atlético-PR passou a dominar a partida e foi para cima. Porém, o goleiro gremista estava inspirado. Provou que merece mesmo vestir a camisa da seleção.

Na etapa complementar, o Grêmio voltou melhor. Renato colocou Adílson no lugar de Gilson. Funcionou. Aos 15min, veio o gol de empate. Leandro cruzou da direita, Vilson subiu livre e cabeceou, sem chances para Neto. Aliás, esse é talvez o reforço mais singular do tricolor. É uma espécie de zagueiro improvável. Parece franzino demais para a posição, mas tem demonstrado que sabe marcar e se antecipa bem.

Depois do gol, a partida ficou equilibrada. Aos 23min, Borges arriscou da entrada da área e a bola caprixhosamente acertou na trave do gol atleticano. Aos 36min, Paulo Baier deu o troco. Foi acionado na meia lua, fez o giro e concluiu para boa defesa de Victor.

Moral da história? Com o empate o Grêmio segue vivo. O que, aliás, não é supreendente pois a característica do time é ser imortal. E mesmo com toda imprensa escrevendo crônicas funestas ainda não dá para dizer que o tricolor gaúcho é um time sem salvação...

Jarbas Schier