Gre-nal se joga em casa
Pois é... Para o Grêmio, Erechim foi o Ere-fim. É chato, enfadonho e repetitivo dizer isso mas: o tricolor gaúcho insiste em abrir mão da sua maior vantagem competitiva, ou seja, sua torcida e seu estádio. Não há sentido em disputar o maior clássico do estado em campo neutro. Para fazer isso você tem ser um parvo, um pascácio, um pacóvio, um lorpa. Ou fazer parte da direção gremista.
Qualquer gaúcho com formação cromossomial específica sabe que o Gre-nal é um clássico decidido nos detalhes. E - atenção dirigentes gremistas - o estádio Olímpico é um detalhe importante. Por isso é que o Inter está com uma absurda e inconcebível invencibilidade de 12 jogos no Gre-nal.
Com a vitória no principal clássico do Rio Grande do Sul, os colorados igualam o número de pontos do São Luiz, atual líder do Grupo 2 do Estadual. Ambas as equipes ficaram com 13 pontos. A situação do Grêmio, apesar da derrota, não é tão ruim. O time tricolor segue na liderança do seu grupo.
O Gre-nal foi disputado e com poucas chances de gol. Quando a oportunidade surgiu, Jonas errou o gol. Grande novidade. Rigorosamente, a partida estava equilibrada e o empate era o resultado, mas o inferno gremista reside mesmo nos detalhes. Aos 34min, Edu deu um desvio espírita de cabeça, a bola sobrou para Alecsandro chutar de fora da área. Gol do Inter.
O empate seria justo. Porém, como todo gremista sabe desde criança: Deus está do lado de quem vai vencer. Tanto que aos 48min, Maylson, fez uma cobrança de falta quase perfeita. A bola sobrou para Ferdinando. Ele ajeitou, bateu com força e por alguns criminosos milímetros, chute estourou na trave. Segundos depois, o juiz apitou o fim de jogo.
Mais um Gre-nal perdido. Mais uma chance desperdiçada fora do Olímpico. Quem sabe, alguém da direção gremista finalmente tenha uma epifania: "esse negócio de jogar o gre-nal no interior talvez não seja uma grande ideia..."
P.S. - Só falta a direção gremista querer fazer jogos no Interior para manter a invencibilidade gremista no Estádio Olímpico...