Como é bom ganhar do Cruzeiro
Recentemente, a ZeroZen profetizou a derrota do Cruzeiro na final da Libertadores. Muitos torcedores da Raposa ficaram indignados. Escreveram emails furiosos com o olho rútilo e a baba elástica pendendo do canto da boca. Eles reclamaram que esta impoluta revista digital seria bairrista, provinciana e até mesmo antipatriótica por torcer por um time argentino. Bem, depois de uma gloriosa vitória por 4 a 1 só resta uma coisa a dizer: Como é bom ganhar do Cruzeiro!
Claro que os torcedores do Cruzeiro podem obtemperar: a goleada só aconteceu por que o time mineiro teve dois jogadores expulsos. Sobre isto, a ZeroZen só pode dizer duas palavras de conforto, alegria e esperança: "só lamento". Aliás, vale repetir: Como é bom ganhar do Cruzeiro!
A histórica goleada tricolor começou a ser desenhada com a expulsão de Jonathan aos 17 minutos. O Grêmio que já dominava a partida passou a massacrar o Cruzeiro. Novamente a equipe treinada por Paulo Autuori fez uma atuação de luxo no Estádio Olímpico.
Mesmo assim, houve um pequeno infortúnio no final do primeiro tempo. Aos 40min, o carrasco Wellington Paulista, cobrou pênalti e marcou o primeiro gol da partida. Sim, mais uma vez o Grêmio jogava melhor mas acabava atrás no placar devido a um lance isolado.
Porém, a vingança é um prato que se come frio. E de frio os gaúchos entendem. Aos 5 minutos, Thiago Ribeiro foi expulso. Com isso, o Grêmio passou a ter 11 jogadores contra somente 9 do Cruzeiro. Desse jeito, até mesmo a tradicional incompetência do ataque tricolor desaparece...
O Grêmio pressionou de uma maneira absurda. Apesar do domínio, o empate, no entanto, só veio por meio de um lance de bola parada. Tcheco cobrou escanteio e o zagueiro Réver subiu muito - mas muito mesmo - para cabecear no canto esquerdo do goleiro Fábio.
Apenas cinco minutos depois, o Grêmio virava o jogo. Jonas dividiu com o zagueiro na entrada da área e a bola sobrou para Tcheco que estava, digamos assim, em posição duvidosa. O capitão do time tricolor bateu colocado, no canto esquerdo de Fábio: 2 a 1.
O massacre gremista continuou de forma implacável. Aos 31 minutos, Jadílson cruzou e Jonas, completamente livre, tocou de cabeça no canto direito de Fábio. Mesmo com a vantagem confortável, o Grêmio seguiu chutando o cachorro morto, digo, o time do Cruzeiro.
Tanto esforço gremista seria premiado. Aos 43 minutos, o argentino Maxi López se livrou de dois zagueiros e chutou forte no canto direito. Era o quarto gol do Grêmio. Era a goleada humilhante. Era a vingança da eliminação da Libertadores.
A vitória valeu algum título? Não. Resolveu alguns dos problemas crônicos da equipe gremista? Não. Levou o time treinado por Paulo Autuori ao G4? Também não. Mas quem se importa. A verdade é uma só: Como é bom ganhar do Cruzeiro!