Estádio Olímpico: a força de um nome

O Grêmio venceu mais uma vez no Estádio Olímpico. Jogando em casa é o time de melhor campanha no campeonato brasileiro. Com o apoio da torcida, tudo parece certo para o tricolor gaúcho. Souza fez outra exibição de luxo e a equipe teve uma atuação consistente. Só faltou o ataque marcar gol. Mas aí também é pedir demais.

A equipe treinada por Paulo Autuori começou o jogo pressionando. Só não fez um gols nos primeiros minutos graças a tradicional incompetência de Jonas e Herrera. Só que o Santo André resolveu dar uma de "zebra" e aos 19 minutos abriu o placar no Olímpico. Antônio Flávio recebeu passe de Marcelinho Carioca e chutou entre as pernas de Victor. A bola foi mansamente em direção ao gol. Chegou a tocar na trave, mas acabou entrando.

O Grêmio passou a sufocar o Santo André. A pressão foi realmente intensa. O gol deveria ter saído em questão de minutos. Mas se o seu time tem um ataque com Jonas e Herrera... bem, é melhor ter muita paciência. Aos 43 minutos, justamente quando a torcida começava a mostrar sinais de insatisfação, Rafael Marques subiu bem após escanteio cobrado por Souza da esquerda e igualou o placar.

A torcida gremsita comemorava o empate quando Souza - sempre ele - chutou de fora da área e acertou o ângulo esquerdo do goleiro Neneca. Um golaço. Aos 45 minutos o tricolor gaúcho virava o placar.

No segundo tempo, o Grêmio não teve dificuldades para dominar a partida. Até mesmo por que expulsão do atacante Nunes, do Santo André, facilitou a vida do tricolor gaúcho. Seria então a oportunidade de uma goleada histórica? Claro que não. Jonas e Herrera deram um show em matéria de desperdício de oportunidades de gol.

Apesar da incompetência do ataque, o tricolor ainda faria mais um gol. Aos 34 minutos, Souza sofreu falta na ponta direita e ele mesmo cobrou. A bola foi levantada na área e Rafael Marques subiu novamente de cabeça ampliando a vantagem do Grêmio. Já no final da partida, o Santo André conseguiu diminuir aos 48 minutos, com gol de Ricardo Goulart.

Até o momento no Campeonato Brasileiro, o que ficou claro é que o Grêmio atua de duas maneiras bem distintas. Dentro do Olímpico é sério candidato ao título, fora de casa é sério candidato ao rebaixamento.

Já que o nome do Estádio Olímpico parece afetar a qualidade do futebol do Grêmio, a ZeroZen gostaria de sugerir que a cada preleção o técnico Paulo Autuori explicasse detalhadamente para os jogadores os nomes dos estádios em que o tricolor gaúcho vai jogar.

Por exemplo, se o jogo foi no Morumbi, Autuori deve dizer que o Grêmio vai jogar no Estádio Olímpico do Morumbi, ou no Estádio Olímpico do Maracanã, ou Estádio Olímpico do Mineirão e assim por diante...

Jarbas Schier

P.S. - Em tempo, o técnico gremista precisa parar com essa obsessão de tentar ganhar uma partida fora de casa. Se seguir vencendo no Olímpico basta empatar. Só isso (vitória em casa, empate fora) já colocaria o Grêmio no G4...