Grêmio perde por uma questão de vaidade

Celso Roth atrapalhou o Grêmio no Campeonato Gaúcho e na Libertadores. E segue atrapalhando o tricolor gaúcho, agora no Brasileirão. E olhe que ele nem está no comando da equipe. Roth é o técnico do Atlético-MG que venceu o Grêmio no Mineirão por 2 a 1. Mas o resultado da partida nada tem a ver com o ex-comandante do time gremista.

O Grêmio foi derrotado por um golpe de vaidade do árbitro Wilson Luiz Seneme. Mas antes de explicar melhor esta teoria vale narrar como foi a partida. O jogo foi muito equilibrado. Para Grêmio este é um fato assustador. Se qualquer equipe está jogando o mesmo futebol do galo mineiro isto certamente não é um bom sinal.

O Atlético-MG, curiosamente, tem o mesmo problema do Grêmio. Seu ataque perde gols em profusão. E boa parte do jogo foi exatamente isso. Os ataques de Grêmio e Atlético despediçando uma chance atrás da outra.

No segundo tempo, quando o jogo se encaminhava para um empate sem gols um milagre aconteceu. Aos 30 min, depois de cruzamento de Carlos Alberto, a bola passou por Diego Tardelli, mas não por Thiago Feltri, que parou a bola dentro da pequena área, respirou fundo, olhou a goleira, mirou com toda calma do mundo e chutou forte. Gol do Atlético-MG.

Celso Roth não acreditou. A torcida do galo não acreditou. Marcelo Rospide não acreditou. Nem mesmo o árbritro da partida podia conceber que a partida fosse sair do zero a zero.

Para surpresa geral, o Grêmio empatou quatro minutos após. Tcheco cobrou falta o argentino Herrera cabeceou livre em uma falha bizarra da defesa atleticana. Detalhe: Herrera estava mesmo em posição legal.

O jogo voltou a seguir a rotina do empate. Mas Adílson foi expulso aos 44min. A situação gremista, é claro, se complicou. Porém, o pior ainda estava por vir. Depois de cobrança de escanteio, a bola tocou no braço do ex-são-paulino Joílson e o árbitro Wilson Luiz Seneme marcou pênalti! E olha que pouco antes houve um lance semelhante na área do Atlético e o juiz ignorou solenemente o fato.

O time do Grêmio ficou revoltado e por um motivo bem óbvio e simples: NÃO FOI PÊNALTI, MAS NÃO FOI MESMO. De qualquer forma, Diego Tardelli cobrou com paradinha e tudo e definiu a partida para os donos da casa. Celso Roth, quem diria, riu por último.

Certo? Mas e a questão da vaidade? Bem o arguto leitor da ZeroZen lembra de um polêmico pênalti apitado por pelo juiz Carlos Simon na primeira partida da decisão do Campeonato Cearense? Edu Sales, do Ceará, despencou na área, e Simon marcou pênalti.

Um programa esportivo apresentou o "tira-teima" do lance, mostrando que os jogadores estavam a três metros de distância um do outro. E Simon estava a 14 metros do lance. Com certeza esse seria o pênalti mais absurdo e bizarro do ano. Mas como diz o ditado: vaidade, tudo é vaidade...

O árbitro Wilson Luiz Seneme resolveu superar Simon. Marcou um pênalti completamente incompreensível e aos 48 do segundo tempo. Sobrou pro Grêmio que vai ter de recuperar os pontos perdidos durante o resto do campeonato brasileiro. Enfim: vaidade, tudo é vaidade...

Jarbas Schier