O Vôo de André

Nesta terça os moradores da Casa dos Artistas receberam como tarefa falar dos percalços da fama. A maioria se manteve na linha da perda de liberdade etc. Já André Gonçalves, que anda bastante visado por seus acessos de ‘estrelismo’, resolveu contar o famoso episódio do vôo para Nova York em que ele quis beijar o Pelé. Quando provou que é adepto da filosofia zerozeniana que diz que é melhor queimar o filme que enferrujar a máquina.

Tudo começou na sala de espera do aeroporto. Enquanto esperava o embarque ele teria puxado conversa com um agente da polícia federal, contrabandista de equipamentos eletrônicos, que lhe ofereceu um remedinho para o ‘medo de avião’. André já tinha tomado umas três taças, leia-se garrafas, de vinho e aceitou polidamente o plus a mais.

André conta que sentou do lado de um moleque que lhe ficou pentelhando o tempo inteiro. Alguém comentou que Pelé estaria no avião, viajando de primeira classe, e ele quis ir lá conhecê-lo. Mas a estas alturas o remedinho já tinha batido e ele já não estava se coordenando direito.

Segundo André ele teria iniciado um papo do tipo 'eu sou seu fã coisa e tal' e de um pulo já queria beijar Pelé. A aeromoça vendo aquela figura bizarra completamente alterada achou por melhor reconduzi-lo para o seu lugar. Ele se recusou e começou a confusão e correria. Já completamente fora de si André começou a pedir aos outros passageiros do vôo para aplaudirem um Pelé visivelmente constrangido. Nisso surgiram mais quatro pessoas e imobilizaram o ator. Aplicaram quatro injeções com tranquilizantes e ele dormiu por 24 horas. Simplesmente genial.

Vendo André contar esse episódio é de se lamentar que o Ministério da Saúde não tenha pensado nele para uma campanha institucional alertando as crianças contra os malefícios de aceitar ‘boleta’ de agente federal. Nada de bom pode sair disso...

Da Reportagem Local

P.S.: Seria o comportamento de André nos últimos dias sintomas de uma crise de abstinência?