A Santinha do Pará Oco

Existem muitas pessoas irritantes no Big Brother Brasil 6. Realmente, é uma pena que o público só possa eliminar uma pessoa por semana. Esse elenco de hipócritas e impostores é capaz de tirar a paciência de qualquer telespectador. Porém, existe alguém que se destaca e como diria o deputado cassado Roberto Jeferson é capaz de provocar "os instintos mais primitivos" da audiência.

A psicóloga Thais Brincando de Freud é insuportável. Quanto o assunto é fé e devoção, a moça se transforma. Seu discurso é capaz de orgulhar o mais exigente dos pastores evangélicos. Só falta a Bíblia debaixo do braço. O problema é que ela prega uma coisa e faz outra completamente diferente. É a verdadeira Santinha do Pará Oco.

Sim, bastam apenas algumas doses de tequila e o id atropela o ego e o superego. A psicóloga se solta de vez e libera geral. Já ameaçou "entrar de ré" para cima de Iran, que recusou o convite. Aliás, ela admitiu que passou a noite sonhando com o compositor carioca e acordou chupando o dedo. Nem é preciso ser um gênio em psicologia para captar a essência fálica da coisa.

Para queimar o filme de vez, quando Roberta foi eliminada no paredão, Thais teve uma crise nervosa sem precedentes no programa. Ela - na linguagem médica mais precisa - saiu da casinha. Chorava lágrimas de esguicho. Arrancava do peito ganidos e soluços que mais pareciam o fim de um amor lésbico de fazer inveja a qualquer cantora de MPB. Decidicamente se Thais largar a psicologia já tem emprego garantido. Pode trabalhar como mulher carpideira que será um sucesso absoluto.

Fica, entretanto, uma pergunta no a ser respondida. Será que o Conselho Regional de Psicologia do Pará está assistindo ao Big Brother? Por que, se for esse o caso, Thais pode perder o diploma. Afinal de contas, quem precisa de ajuda é ela e não seus pacientes...

Da Reportagem Local