O paradoxo patético
O mais recente paredão do Big Brother
Brasil 6 criou um paradoxo no mínimo interessante. Primeiro, o
anjo Carlão em uma atitude burra, estúpida e lamentável
imunizou Inês e seus cabelos de ameba. O advogado odeia a estudante
carioca. Porém, entregou o colar para a pessoa que ele acreditava
estar mais ameaçada.
Verdade seja dita, Carlão acertou em cheio. Iran ficou abatido,
envergonhado, humilhado, frustrado. Tudo o que ele queria era mandar a
carioca para o paredão. Como todo bom advogado, Carlão sabe
como irritar as pessoas. Sem alternativas, um Iran irado mandou Roberta,
a capacho de número 2, para o paredão.
A coisa foi tão grave que depois da votação, Iran
ficou trancado sozinho no quarto do líder por uns 20 minutos só
comendo amendoim. Provavelmente, devia estar ruminando. Porém,
o compositor aprendeu uma verdade universal: jamais confie em um advogado.
Carlão perdeu o juízo e um aliado precioso. Deve ir para
o paredão mais cedo do que imagina.
Todavia, o zeronauta pode perguntar: onde está o paradoxo? Simples.
O outro participante do paredão, Rafael, criou um problema para
o programa. O professor patético é um loser de carteirinha.
Logo, deveria perder o paredão. Porém, como sua adversária
conta com uma forte aversão do público por roubar Daniel
Saullo de Mariana, a capacho de número 1, o professor pode vencer!!
Sim, eis um paradoxo insolúvel. Como pode um loser verncer? Se
ele ganhar corre o risco de deixar de ser um derrotado. De qualquer maneira,
Rafael é muito mais importante para o programa do que Roberta.
Ele responsável por alguns dos únicos momentos interessantes
do BBB 6. Seu estilo completamente sem noção serve pelo
menos para importunar as mulheres da casa. Ou pelo menos despentear o
cabelo da Inês.
Rafael deve vencer o paredão. Se isso não ocorrer, o BBB 6 vai afundar no marasmo total. Será simplesmente o nada televisivo em seu sentido mais pleno. O professor patético é um dos poucos participantes que não está fingindo ser o que não é. Ou seja, ele é mesmo ridículo. O mais incrível é que em outras edições, ele seria facilmente eliminado. Contudo, a mediocridade desta edição é tamanha que um sujeito como Rafael pode ganhar um milhão de reais.
