Por que a Playboy não tem som?

Hugh Heffner sabia das coisas. Ao institucionalizar a permissividade nas bancas de revistas com a Playboy, sacou logo de cara que quem vê peito siliconado não ouve voz. E foi exatamente por isso que a argentina Antonela fez sucesso posando para esta impoluta e carismática publicação.

O fato é que Antonela tem a voz mais insuportável de todos as edições do Big Brother Brasil. E o pobre espectador ainda tem de multiplicar isso por 100 devido ao áudio horroroso da Globo ou do Multishow. Não é à toa que o discípulo de Alexandre Frota e pseudo Keber Bam-Bam, o gaúcho Marcelo, não agüentou ficar nem 10 minutos ao lado dela na prova do líder.

Antonela, para quem não sabe antes de se mudar para o Brasil, já trabalhava muito na Argentina. Dava aulas de Matemática (era especialista na parte do crescer e multiplicar) e fazia trabalhos de modelo para o fotográfico argentino Pancho Dotto.

Porém, no início de 2001, veio passar férias no Brasil (Balneário Camboriú ) com as amigas, e não voltou mais!!! Ela fugiu, escafedeu-se. Menos uma boca pro seus pais sustentarem. Como sói acontecer nestes casos logo conheceu um empresário, que convidou-a para trabalhar no Brasil.

Fez vários catálogos fotográficos. Morando no Balneário, andando na praia, foi abordada por um coreógrafo chamado Alex Ruiz, que a convidou para participar do Concurso Felinas 2003. Para isso teve que mudar para São Paulo. Ficou em segundo lugar ao perder para inacreditável mulher-samambaia.

O interessante é que aquele desqualificado articulista de um jornal do Rio Grande do Sul em mais um dos seus disparates sentenciou: Antonela é a favorita para ganhar o BBB4. Bem, isso só vai acontecer se todo o público do programa assistir ao reality show da Globo com a tecla mute ligada.

Por isso, Antonela deve ser indicada mais cedo ou mais tarde ao paredão. E o motivo é simples. Ela possui uma carreira. Já é, de certo modo, famosa. E isto é um convite para que os anônimos do programa resolvam despachar a Argentina de volta ao lar. Ou seja, aquela máxima ainda continua valendo: gringos, go home.


Da Reportagem Local