O novo gênio do mal
Toda boa trama precisa de um vilão. Até mesmo o mais tacanho escritor de telenovelas sabe disso. Porém o Big Brother Brasil era uma verdadeira avalanche de boas intenções. Os participantes do programa pareciam ter saído de um encontro de escoteiros-mirins. Até que o massoterapeuta Jean resolveu falar. Para a surpresa de todos, inclusive da sua família, que deve ter ficado impressionada com o fato de que ele é capaz de articular mais de uma frase seguida, ele se transformou em um gênio do mal.
Jean por incrível que pareça rapidamente se revelou como o único participante a ter cerébro na casa. E em terra de amebas quem tem um neurônio é rei. Como todo bom virginiano ele é um analista preciso. De maneira metódica e organizada passou a calcular as chances de cada um em função dos paredões. E descobriu o óbvio ululante Sabrina e Dhomini são dois nomes fortes. Sabrina pelos motivos mais óbvios do mundo e o goiano pela sua aura de palhaço. Vale lembrar que dois personagens divertidos (Kleber BamBam e o caubói Rodrigo) faturaram as outras edições do programa.
Jean, depois de vencer o paredão, disse que ia ser líder. E foi. O Ministério da Verdade adverte dois e dois são cinco. O massoterapeuta passou inteligentemente a articular um confronto entre Dhomini e Sabrina. Seria uma tática perfeita, pois indiferente do resultado um grande adversário acabaria eliminado. Parece que pelo menos uma pessoa entendeu o espírito do jogo. Não se trata de uma gincana recreativa, é uma competição onde é preciso eliminar pessoas.
O novo gênio do mal também percebeu que Alan é o traíra da ala masculina e no aperto muda de voto com a maior naturalidade. Se Jean continuar percebendo o jogo como está é sério candidato a estar na final. Claro, não vai levar por que a patuléia não iria admitir que o vilão vencesse a novela. Mas, mesmo assim, vai ser divertido ver Jean colocar os favoritos no paredão.