Nunca foi tão fácil
E o caubói Rodrigo se sagrou campeão do Big Brother Brasil 2 com 65% dos votos dos telespectadores. Nada mais justo. Por incrível que pareça a Globo acertou em cheio nesta segunda edição do programa. Mesmo sem repetir os absurdos índices do primeiro BBB, conseguiu uma média nada desprezível de 38%. Méritos para quem resolveu escutar as críticas e soube consertar o que estava errado.
A primeira edição do programa escolheu um elenco de desqualificados. Gente patética, pífia, sem qualquer qualidade moral, ética ou física. A única concorrente com um pouco de dignidade, Helena Louro, foi eliminada em uma votação fraudulenta e vergonhosa. Com tanta coisa dando errado ficava difícil apostar no sucesso do programa, mas o fato é que foi isso o que aconteceu.
Até mesmo a edição ficou mais ágil e inteligente. A novela Algemas da Paixão foi um achado. Assim como os participantes que, desta vez, foram escolhidos entre gente do povo. Ninguém estava lá para terminar como figurante de novela da Globo. Mais importante ainda: as votações que tiravam alguém do programa respeitaram a tendência da Internet. O pessoal do plim-plim finalmente resolveu levar os nerds mais a sério.
Por fim, resta dizer que Manuela nunca teve a menor chance contra Rodrigo. Ela apenas continuou no programa por um bom tempo por ser, digamos assim, a namorada (sic e sci) de Thyrso. Como casal que vota unido escapa do paredão, foi sobrevivendo até chegar a final. Já Rodrigo foi o único entre todos os participantes a perceber que a pessoa tem de saber como conviver em sociedade para faturar o prêmio. Não é preciso muito esforço. E, pelo menos, é um vencedor bem mais qualificado que o rebotalho humano Kleber Bam-Bam.
