A Glorificação do Corno
Não é à toa que a música sertaneja faz tanto sucesso no Brasil. Nosso país tem uma espécie de condescência paternal com quem é traído. Há um estranho sentimento de solidariedade que une o povo neste tipo de situação. Foi exatamente isso o que aconteceu no Big Brother Brasil 2: a glorificação do corno. Thyrso, o capacho humano, continuou no programa escapando do paredão e ainda se transformou no favorito do público!
Seu adversário era o rebotalho humano chamado Fernando. Mais uma daqueles pessoas que a produção do BBB 2 foi buscar em alguma rodoviária do país. O boxeador, que foi eliminado com impressionantes 77% dos votos, era uma figura patética em sua megalomania sem sentido. Conversava mais com o espelho do que com o grupo. Sua capacidade de articular algum pensamento coerente ficava entre o nulo e o menos ainda.
Contudo, era o favorito para ficar na casa. Pelo menos na opinião dos demais participantes que já enxergavam Thyrso saindo cabisbaixo e taciturno do BBB. Porém depois de uma festa mexicana e uma dose cavalar de tequilas a musa do corno, digo, do cozinheiro, Manuela, resolver ceder e liberar aquela mixaria. Sim, para o espanto geral da nação a loira acabou beijando Thyrso. Nada como o goró. A cada dose de tequila os conceitos de Manuela foram ficando cada vez mais flexíveis...
E a partir daí tudo mudou? Bem, nem tanto. Manuela continua fazendo Thyrso de palhaço. Já disse várias vezes para ele não ficar imaginando coisas. Mas o o campeão de popularidade sequer escuta este tipo de recado. Ele permanece sendo um capacho humano, uma plasta, um ser amorfo e sem vontade própria. Só que a loira bebum percebeu que ficar com ele pode aumentar seu tempo de vida no programa. Antes vale um cozinheiro babão do que um dançarino gaúcho que parece dar ré no quibe, já dizia o ditado.
De qualquer maneira, Thyrso se tornou o candidato mais forte para ganhar o programa. Tem tudo para continuar prestigiado pela audiência. Como ele é um corno de cabeça feita (sem trocadilho) deve conseguir uma forte identificação com o público. No Brasil, a clássica frase de Winston Churchill receberia um adendo. Só três coisas são certas na vida: a morte, os impostos e o chifre...