BBB 2 - A Revanche

Fraude nas votações, favorecimentos de candidatos, discussões acaloradas com trocas de insultos e uma brutal falta de consistência nos argumentos. O Zeronauta mais obtuso pode pensar que se trata da campanha eleitoral para presidente, mas tudo isso é para dizer que o programa mais desonesto da televisão brasileira está de volta: o Big Brother Brasil. Na sua segunda edição a Rede Globo resolveu privilegiar as pessoas povo. Nada de aspirantes a modelo-atriz-manequim. Por isso selecionou pessoas de diferentes classes sociais e profissões, o que, aliás, já deveria ter feito desde o início.

Diga-se de passagem aquele blog famoso que consegue até emprego na televisão publicou uma das maiores sandices já vistas na web. Alguém do site afirmou que sentia saudade dos primeiros participantes do BBB. O motivo? As inteligentes discussões intelectuais que aconteceram na casa. Bom, opinião é que nem mãe, cada um tem a sua, mas... desde quando leite condensado é motivo de trabalhos filosóficos?

De qualquer maneira a Globo resolveu mesmo juntar personalidades diferentes. Desde um criador de cavalos a uma jogadora de futebol feminino há loucos de todo o tipo. Mesmo assim parece que o público brasileiro anda de saco de cheio de tanto reality show. É uma overdose de anônimos. Daqui a pouco vai faltar gente desconhecida para participar deste tipo de programa. Como disse Andy Warhol no futuro todo mundo vai aparecer 15 minutos no Big Brother Brasil ou na Casa dos Artistas. Tudo é uma questão de cachê...

O primeiro episódio estreou na terça-feira, dia 14, com uma média de 29 pontos de audiência e pico de 33 pontos. O SBT (Sistema Babaca de Televisão) alcançou apenas 14 pontos. Os participantes devem permanecer confinados na casa durante 10 semanas. Uma verdadeira prova de raça e superação para os telespectadores que resolverem acompanhar a rotina de gente tão pífia. O vencedor levará, como sempre, R$ 500 mil.


Da Reportagem Local