Nhoque para amadores

Nhoque para amadores

Bem, já se sabe que a Rede Globo tem imensas dificuldades de produzir programas ao vivo. O pessoal do plim-plim vive engessado no seu tradicional padrão de qualidade. Mudar toda uma estrutura viciada (sem trocadilho) deve ser algo trabalhoso. Os tempos estão mudando e parece que a ficha começa a cair. O Big Brother Brasil seria uma espécie de introdução para os novos tempos (sombrios extremamente sombrios) que se aproximam.

Porém, ainda há muito que aprender. A trilha sonora do BBB começou pífia tentando vender o cd do programa, que possui uma das mais previsíveis e chatas seleções musicais da história da música. Mesmo assim após a demissão do estagiário que controla o som, a coisa começou a melhorar. No episódio em que Leka foi eliminada houve uma mistura de Cake (Perhaps, Perhaps) com Agepê (deixa Eu te Amar). E por incrível que pareça... funcionou!

Mesmo assim um mico clássico aconteceu no dia 28 de março. A sempre atenta produção do programa resolveu premiar os participantes um nhoque da sorte. É uma tradição respeitada por ínúmeros restaurantes em todo o país. O problema é que, reza a lenda, comer o prato no dia 29 dá sorte. E o pessoal do plim-plim largou a bóia com um dia de antecedência. Um verdadeiro nhoque para amadores.

A homenagem acabou se tornando ridícula. Apesar da sala ter arranjos com as cores da bandeira italiana (verde, vermelho e branco) e informações de como a lenda surgiu, o big god derrapou feio. Nem é preciso dizer que como cavalo dado não se olha os dentes os participantes se atiraram sobre a comida com a fúria de um herege.


Da Reportagem Local