André, um show de amadorismo ou como acabar uma carreira artística

André, um show de amadorismo ou como acabar uma carreira artística

O clima estava péssimo no Big Brother Brasil. Depois da surpreendente indicação de Cristiana por sua amiga e confidente Alessandra, o ódio estava no ar. Todos os participantes estavam ariscos, repletos de rancores inconfessáveis. Mas a produção da Rede Globo arranjou uma surpresa genial: um teclado. Nele o cantor(sic) e frodo de plantão André deveria fazer um show para divertir os companheiros.

A idéia foi brilhante. Bem ou mal, André sempre afirmou que seu sonho era ser cantor. Um dos objetivos que o levou a participar do programa era mostrar o seu talento. A Rede Globo generosamente lhe deu esta chance. Dá para imaginar a quantidade de pessoas que simplesmente mataria para estar no lugar de André. Era a oportunidade de uma vida. Um presente dos céus.

Lá se foi o André. Na rua havia um palco montado todo para ele. Bastava tocar algumas músicas no teclado e divertir uma platéia que, com certeza, não era nenhum pouco exigente. Talvez algum insone gerente de gravadora o estivesse observando naquele momento. Do seu show poderia surgir a oportunidade de uma contratação. Quem sabe gravar um CD. Uma nova vida de sucesso poderia estar surgindo.

André sobe no palco e se prepara. Tudo indica uma consagração. O cantor pára. Dedilha algumas notas no teclado. As mãos tremem e a voz falha. O fracasso é visível. É um espetáculo constrangedor. Os demais participantes o incentivam com palavras de carinho. Se fosse uma platéia normal o palco já estaria repleto de tomates. Destruído pelo peso da sua própria incompetência, André admite que não tem condições emocionais de cantar. É o fim da sua carreira artística.

Não há o que questionar quanto a este fato. André deu uma demonstração de falta de profissionalismo a toda prova. O guitarrista Eric Clapton, por exemplo, transformou a dor da perda de seu filho em música. Seguiu tocando como sempre. Já André transformou sua dor em um patético chilique. Até mesmo no programa de calouros do Raul Gil uma candidata teve mais hombridade que o cantor. Ela tinha perdido seu pai no dia anterior e mesmo assim foi cantar em respeito a platéia. Perdeu e foi desclassificada, mas hoje já está gravando um CD.

Coisa que não deve acontecer com o fracassado André. Ele deveria se retirar para um mosteiro no Nepal. Sua tentativa de cantar foi um espetáculo deprimente. O mundo já está cheio de artistas irresponsáveis. Todos com muito mais talento do que o André. Para ele o anonimato é um dever. Com boa vontade pode ser aceito em uma churrascaria de segunda classe. Para o big loser sobrou uma lição. Covardia e talento artístico nunca foram sinônimos.


Da Reportagem Local

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